O risco das velhas caras no governo

O risco das velhas caras no governo

A Assembléia Legislativa só deve votar o projeto da reforma administrativa no final deste mês, uma vez que o Palácio de Karnak não pressa para implementá-la de imediato. Se quisesse já teria aprovado, bastando para isso que sua bancada aprovasse um requerimento para o projeto tramitar em regime de urgência. No entanto, é interesse do governador Wellington Dias que a tramitação se dê da forma mais lenta para por em prática seu plano de anunciar o secretariado só em abril.

A partir desta segunda-feira (11), as coisas voltam ao normal no Karnak após o retorno de Dias da viagem particular que fez aos Estados Unidos onde passa o período de carnaval. Com o seu retorno, o governador retomará as conversas individuais com os partidos de sua base política, lideranças e deputados. Wellington Dias é conhecido na classe política como um político destituído por completo do sentimento de ansiedade, mas seus companheiros e aliados não o possuem e por isso aguardam ansiosamente.

Estas três semanas que separam março de abril serão uma eternidade para deputados e partidos que vivem a expectativa da definição da participação deles no governo. O problema é que o governador deu reiteradas declarações afirmando que a composição do governo sairá depois da aprovação da reforma administrativa. Ora, independente do projeto, que já é do conhecimento de todos de como ficará a estrutura (não muda quase nada), Dias já devia ter definido a lista completa dos seus auxiliares.

São alguns nomes já estão escolhidos, como é o caso dos secretários de Planejamento, permanecendo Antonio Neto, assim como Rafael Fonteles na Fazenda, e de Osmar Jr. (PC do B) que vai para a pasta de Governo. É praticamente certo que o atual chefe da Secretaria de Governo, Merlong Solano, irá mesmo para a Administração, enquanto a Agricultura, que será desmembrada, ficará uma parte com o PT e outra com o PSD do deputado Júlio César Lima, que vai manter também a Adapi.

Em relação aos aliados, o PP deve manter os cargos que possui hoje, no caso o Detran e a Secretaria de Transporte, esta pleiteada pelo senador Marcelo Castro que tiraria o filho José Dias de Castro Neto do DER para colocá-lo lá. O senador Ciro Nogueira, porém, está resistindo. Ainda não se sabe como será a participação do MDB nos cargos do governo. Sobram pastas como Meio Ambiente, Turismo, Cidades, Desenvolvimento Econômico, Saúde, Assistência Social, que não se sabe quem serão os nomeados.

Wellington Dias bem que poderia aproveitar que a maioria desses órgãos estão sem definição para colocar caras novas mesmo que seja indicação de partidos para não correr o risco de o novo mandato ter seqüência com uma equipe envelhecida. Afinal, esse quarto mandato pode trazer sérios desgastes para sua imagem e para a do governo. Quatro mandatos é muito tempo para um governo manter uma imagem de aprovação. Fazer um governo novo com caras velhas faz lembrar o velho PDS e PFL que de tanto repetir as caras e não se renovar acabou antes do tempo.

CORTE DOS PRÊMIOS

As medidas de controle de gastos do governo do estado alcançaram até o sorteio da Nota Piauiense, feito para premiar os contribuintes que exigem a nota fiscal de compra.

No 42º sorteio da nota o primeiro prêmio, que era de R$ 50 mil, teve um corte de 50% e só pagou R$ 25 mil, enquanto o segundo prêmio, que era de R$ 20 mil agora só paga R$ 10 mil.

Até mesmo número de ganhadores dos prêmios de R$ 1 mil, R$ 500,00, R$ 250,00 e R$ 100,00, caiu pela metade.

DE VOLTA À CASA

O deputado Evaldo Gomes, que trocou o PTC pelo Solidariedade, está praticamente com um pé dentro da prefeitura de Teresina.

Depois de vários encontros e conversas com o prefeito Firmino Filho, Evaldo Gomes acertou a participação de seu grupo político na prefeitura.

Com isso, o deputado deve indicar um nome para ocupar o cargo de presidente da Fundação Cultural Monsenhor Chaves.

E o nome mais cotado é o do suplente de vereador Sheyvan Lima, que foi secretário de Cultura nos 9 meses do governo Zé Filho em 2014.

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