Barragem rompe parcialmente no RS e deve elevar ainda mais o nível dos rios

O rompimento parcial da barragem resultará em uma elevação dos níveis do Rio Taquari e Rio das Antes

Por Redação do Portal AZ,

A Barragem 14 de Julho, localizada em Cotiporã, Rio Grande do Sul, sofreu um rompimento parcial nesta quinta-feira (2), conforme confirmado pelo governador do Estado, Eduardo Leite, que enfatizou a necessidade de evacuação da região.

Segundo Leite, o rompimento ocorreu na ombreira direita da Usina Hidrelétrica 14 de Julho. Embora ele tenha indicado que o efeito não resultará em uma devastação imediata, há preocupação com a possibilidade de um colapso completo da barragem nas próximas horas.

Foto: ReproduçãoRio Grande do Sul, rompimento parcial da barragem 14 de Julho
Rio Grande do Sul; rompimento parcial da barragem 14 de Julho

O rompimento parcial da barragem resultará em uma elevação dos níveis do Rio Taquari e Rio das Antes, que passam pela região. O Rio Taquari já havia alcançado uma profundidade preocupante na noite anterior, superando os 31 metros, de acordo com informações do Serviço Geológico do Brasil, enquanto durante a enchente de setembro do ano passado, o máximo registrado foi de 29 metros.

As autoridades já haviam iniciado os esforços de evacuação desde ontem, e o governador mencionou que, embora tenham tentado acessar algumas localidades com aeronaves, as condições climáticas não têm permitido. A Polícia Militar e o prefeito de Bento Gonçalves também emitiram alertas à população sobre os riscos iminentes.

A Defesa Civil do Estado emitiu um alerta específico aos moradores de vários municípios da região, orientando-os a deixarem áreas de risco e buscarem abrigos públicos ou locais seguros para permanecer durante a elevação do nível do Rio Taquari. Eles também instruíram aqueles que não têm acesso a esses locais a buscar informações junto à Defesa Civil de suas cidades sobre os abrigos públicos disponíveis, rotas de fuga e pontos de segurança.

Situação no Rio Grande do Sul

O Rio Grande do Sul tem enfrentado uma crise desde o início da semana devido a fortes temporais, resultando em inundações, deslizamentos, queda de pontes e perda de vidas. A situação é especialmente grave em várias cidades que estão isoladas em diferentes partes do estado.

Até o início da tarde desta quinta-feira (2), as chuvas já haviam causado 24 mortes e 21 pessoas estavam desaparecidas. O governo estadual decretou estado de calamidade pública diante da gravidade da situação, com aproximadamente 14,5 mil pessoas desabrigadas. Um total de 134 cidades sofreu algum tipo de prejuízo.

Desde terça-feira (30), a Força Aérea Brasileira tem realizado operações de resgate, utilizando aviões para evacuar moradores ilhados em várias áreas do estado. A FAB solicitou que as pessoas que necessitam de ajuda utilizem sinalização luminosa para facilitar a identificação dos locais afetados. No entanto, o mau tempo tem prejudicado os esforços de resgate em diversas regiões, com muitos moradores aguardando por até três dias.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve no Rio Grande do Sul nesta quinta-feira acompanhando os trabalhos e se reuniu com o governador Eduardo Leite.

Fonte: Com informações do Correio Braziliense

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