Três anos após a morte de Firmino, a viúva queimou a herança política

Nesse sábado, faz três anos que o ex-prefeito Firmino Filho morreu. O desaparecimento dele suscitou discussões sobre quem herdaria seu gigantesco capital político-eleitoral concentrado em Teresina. O nome mais citado foi de uma herdeira do espólio físico dele, a viúva Lucy Soares. O nome dela frequentou as apressadas projeções sucessórias municipais. Agora se sabe que se ela foi herdeira, desperdiçou a herança.

Nesta semana, uma das evidências desse desperdício esteve em postagens em redes sociais. Em conta dela própria, Lucy postou uma foto do marido, tirada em 1993, na escadaria da Igreja São Benedito, em frente ao Palácio de Karnak. Bem recentemente, ela fez foto no mesmo local. 

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Uma série de comentários negativos foram feitos – considerável parte deles oculta por quem administra o perfil. Um dos  comentadores, Fabrício Alves, foi ríspido:  “Vá cuidar de sua vida em vez de usar a imagem do falecido pra se promover politicamente”. 

Outra pessoa, Tayane Albuquerque, classificou de apelação a postagem de Lucy.

Mas se no perfil de Lucy Soares o filtro de comentários impediu que se vissem todos os com tom negativo, na postagem em que ela aparece chorando no perfil do site Lupa1, a situação de passivo de imagem da ex-primeira-dama é algo muito relevante: de 300 comentários postados, apenas um foi positivo. Todos os demais tiveram tons de ironia, deboche e até mesmo foram agressivos com a ex-primeira-dama.

O site O Piauiense fez postagem com a foto de Lucy e Firmino na escadaria na Igreja de São Benedito e o resultado foi uma chuva de comentários contrários à ex-primeira-dama, que na véspera, 3 de abril, se filiou ao MDB para ser candidata a vereadora de Teresina na chapa do candidato do PT, Fabio Novo.

Noves fora o fato de que sites como O Piauiense e Corrupção Piauiense terem comentários de convertidos, portando uma amostra estatisticamente inadequada, os comentários feitos em perfis de sites como o Lupa1 e no próprio perfil da pré-candidata indicam que ela não terá vida fácil na campanha para a Câmara Municipal. 

Fica exatamente na camada social dos que fazem as mais duras críticas à ex-primeira-dama o chamado “voto preferencial” ou de opinião, aquele que se baseia mais na avalição do perfil de um candidato, em seu trabalho, sua postura ética e ideológica, suas ideias, propostas e programas, seu trabalho anterior à sua ação política. 

Neste campo, Lucy pisa em terreno minado. Vai ter que gastar sapato e dinheiro na periferia se quiser garantir um naco da herança política do marido.

 

Fonte: Portal AZ