A máquina da futrica

A máquina da futrica

De uns tempos para cá, o telefone celular, e, juntos, outras contas de rede social, incluindo e-mail, têm sido fonte de inspiração e instrução de operações policiais, porque são fontes ricas de coleta de dados daqueles que ultrapassam a linha da legalidade, e adentram na marginalidade. Os exemplos existem no país inteiro, mas em alguns casos, existe também aquela ânsia prévia de condenar a qualquer custo, de onde advêm situações de divulgação de partes das falas e passagens descontextualizadas, textos desconexos que, quando cotejados com a realidade, se insurgem contra a vontade policial ou de quem lhes faça as vezes. Aqui mesmo, com este jornalista, quando a polícia adentrou em minha casa em 12 de junho do ano passado, delegados arrecadaram celulares e notebooks, misturando instrumento de trabalho com objetos pessoais, e, fugindo à própria ordem judicial, extrapolaram na coleta de dados, além dos limites da acusação em si, incomprovada, até aqui. De lá para cá, o que se tem é a justa determinação do Judiciário (STJ) de que, aquilo que não seja importante para a investigação, deve ser mantido em sigilo, em resguardo da garantia da fonte jornalística que precisa ser preservada. Entretanto, estranha e abusivamente, alguns inimigos conhecidos deste jornalista, têm se apresentado como detentores de tais informações, um deles dizendo que dispõe de 13 anos de conversas, obviamente coletadas ilegal e ilegitimamente, destacando ou pinçando algumas, como em trabalho minucioso de procurar encontrar o culpado, independentemente da validade das acusações. E este é um assunto muito grave, porque eles acrescentam nomes de pessoas respeitadas e que estariam envolvidas em negócios nebulosos ou negociatas, tudo mais parecendo que somente procuram uma forma vil de expor e execrar; tudo para promover ambiente favorável para a acusação original, mesmo sem a mínima consistência. Neste momento, em que os olhos de todos se voltam para as investigações que correm em segredo de justiça ou às escâncaras, o que se espera é que a justiça prevaleça e as regras e decisões judiciais sejam cumpridas e atendidas por todos, inclusive pelo aparelho policial, ou voltaremos à idade da pedra e os dados indevidamente coletados de pessoas investigadas se tornarão verdadeiras máquinas de futricas.


Deputado Franzé Silva (PT) é o autor da lei que cria a Rede Estadual de Reabilitação Danielle Dias (Foto: Lucas Sousa / Portal AZ)

Ataques pagos

Os inimigos (ocultos, covardemente) estão patrocinando criminosos da comunicação para dispararem seus ataques contra este jornalista.
Eles passarão!

Eventos sob suspeita

A pandemia da covid-19 segue firme, forte e sendo uma conjuntura de não realização de eventos públicos, mas gastar com isso, esse tipo de despesas não deve estar proibido, porque a Secretaria de Agronegócio do Piauí vai pagar R$ 1.554.773,40 a uma empresa de eventos  (de iniciais JPVJ Serviços Ltda.) “para prestação de serviços de organização de eventos e serviços correlatos”.

Tem mais

A Secretaria, que é entregue ao PSD, assinou contrato de R$ 400.950 com uma empresa de iniciais RFR -  Artigos e Armarinho Ltda.
Engana-se quem pensa que a secretaria comprou botões e aviamentos. Nada disso. A contratada vai fornecer “serviços de organização de eventos e serviços correlatos”.

“Correlados”

Nos dois contratos assinados entre a Seagro e as empresas de eventos (uma delas, um armarinho), o signatário dos contratos, pelas empresas, é o mesmo: JPVJ.
E há o mesmo erro de digitação na designação do objeto dos contratos: em vez de “serviços correlatos” já se ler “correlados”.

Olha lá!

Alguém precisa avisar a Wellington Dias que no Rio de Janeiro ocorria coisa bem menor que isso aí.
E Wilson Witzel não está preso por benevolência do ministro do STJ.
Porque a PGR pediu a prisão do hoje governador afastado.

Sem licitação

O Instituto de Doenças Tropicais Nathan Portella é mais um que segue fazendo aquisição de medicamentos e insumos hospitalares com dispensa de licitação.
Dez contratos datados de 2020 somam aquisições sem licitação no valor de R$ 4,156 milhões.
Os resumos desses contratos estão na edição de sexta-feira, 15 de janeiro, do Diário Oficial do Estado.

Caro pra cachorro

A Polícia Militar do Piauí vai gastar R$ 419.141,34 na aquisição de medicamentos, materiais hospitalares e rações para o plantel de cães da corporação.
A concorrência pública para essa compra cara pra cachorro será dia 29 de janeiro.

Desfalque

O Piauí é um estado que se ressente de não ter juízes em quantidade suficiente para atuar em todas as comarcas, mas ainda assim, uma lei estadual aprovada na semana passada determina que o presidente, o vice-presidente e o corregedor do Tribunal de Justiça poderão dispor de juízes auxiliares, os quais podem ser afastados de suas comarcas por até dois anos – prorrogáveis por igual período de tempo.

Rede Danielle

Wellington Dias sancionou na semana passada a Lei 7.458, que cria a Rede Estadual de Reabilitação Danielle Dias.
O nome é da filha do governador, uma menina com deficiência e que inspirou ações de reabilitação, como o Ceir.
A iniciativa da lei, contudo, não é do Palácio de Karnak, mas do deputado estadual petista Franzé Silva.

Pesquisa

O governo estadual transferiu para uso da Universidade Federal do Piauí um imóvel onde funcionava o escritório do Emater, em Picos.
No local deverá ser instalado o Núcleo de Pesquisas em Ciências Naturais do Semiárido do Piauí, vinculado à Faculdade de Ciências Biológica, do campus da UFPI em Picos.

Carteirinha

Uma lei estadual de autoria do deputado tucano Marden Meneses, publicada na semana passada, determina que os estudantes de escolas estaduais têm direito à emissão de cédula de identificação, sem custo para eles, mas paga pelo poder público, diretamente ou em convênio.

Negócios nebulosos

Levantamentos feito pela AGU e Polícia Federal mostram que a Distribuidora Saúde e Vida é suspeita de integrar um esquema fraudulento de licitações e contratos da Secretaria Estadual de Saúde do Piauí com três empresas que não teriam condições técnicas de atender aos objetos contratados.

Visita indesejada

A Saúde e Vida, assim com uma bem maior, a Dimensão e outras duas, localizadas em outros Estados, foram visitadas pela Polícia Federal semana passada, de onde levaram substancial material. 

Portfolio

A empresa é daqui de Teresina, mas segundo o blogueiro maranhense Neto Ferreira, a Saúde & e Vida tem enriquecido seu portfólio de contratos também no Maranhão com licitações milionárias em várias cidades, como Raposa, Timon, São João dos Patos, São Raimundo das Mangabeiras, Matões, Barão de Grajaú, Bacabal, Imperatriz, Buriti, São Francisco do Maranhão, Feira Nova, Coelho Neto, São Bernardo, Sucupira do Riachão, Santa Quitéria e São Luís.

A vista grossa

Ficou provado que entre os anos de 2016 e 2020, a distribuidora firmou mais de 100 contratos públicos, que totalizaram R$ R$ 59.849.793,62.
A empresa pertence a Thiago Gomes Duarte e Douglas Henrique da Silva Macedo.
Mas dizem que há sócios ocultos, um deles seria dono de uma concorrente da própria Saúde e Vida.
A polícia está na pista.

Promessa não cumprida

Marcus Ricardo, pai de uma aluna que fez o Enem, denuncia que o governo do Estado prometeu e não cumpriu  entregar os chips e cartão de passe (de ônibus) para o dia da prova.

Ping-Pong
O ancião

Conta Ribamar Coelho que durante a campanha eleitoral de 1978, o então candidato a deputado federal Heráclito Fortes, dizia nos comícios do interior, que havia morado em cada cidade por onde discursava. Esse fato chama a atenção do então deputado federal Pinheiro Machado.

Pinheiro: “Qual é mesmo a sua idade?”
Heráclito: “Eu tenho 28 anos...”
Pinheiro: “Pelos anos que você contou ter vivido em mais de dez cidades, acho que já passou dos 70 anos”.

Originalmente publicado em 16 de janeiro de 2007.

Expressas

O CRM vai transformar sua sede em posto de vacinação contra a covid-19 para os médicos piauienses.

No Piauí, segundo o governador Wellington Dias, o processo de imunização contra o vírus deverá começar no estado na quarta (20).

A primeira pessoa vacinada no país contra a covid-19 foi a enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, moradora de Itaquera. Ela recebeu a primeira dose da coronavac.

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