Notórios em conchavos

Notórios em conchavos

Depois de o PT reunir-se e dizer que como partido “tem direito” a uma vaga no Tribunal de Contas do Estado, já que em ocasiões anteriores outros partidos indicaram próceres seus para vagas naquela corte administrativa, a escolha do substituto de Luciano Nunes como conselheiro do TCE vai se configurando em deprimente espetáculo. Não que no passado se tenha tido mais cuidado e escrúpulos nas indicações. Não. O que havia antes era menos exposição do processo, agora praticamente exibido em tempo real pela internet. O que está ocorrendo, portanto, é o escancaramento de um processo guiado por um texto constitucional desenhado exatamente para garantir que as guildas garantam nacos de poder. Luciano Nunes, o conselheiro aposentado compulsoriamente, chegou ao TCE mediante um processo político no qual ele abriu mão de um mandato de deputado estadual. Foi eleito por seus pares e cuidou para que o filho, que tem o mesmo nome, mantivesse a cadeira na Assembleia Legislativa. Xavier Neto, já falecido, também foi escolhido em circunstâncias idênticas. Morto, foi substituído por Lilian Martins, que era deputada estadual e, mais do que isso, esposa de Wilson Martins, o governador do Piauí à época da escolha de sua consorte para o TCE, agora presidido por ela. Assim, a disputa até certo ponto ensandecida que já coloca quatro deputados estaduais buscando a vaga, apenas salienta o caráter nada republicano da escolha, a despeito de sua previsão no texto constitucional, que reserva quatro das sete vagas do TCE para indicação pelos deputados estaduais, que em vez de buscar um nome técnico, ilibado, de notório saber em temas jurídicos e fiscais, optam por uma escola no seu colegiado, onde as qualidades listadas na Constituição nem sempre poderão ser estritamente observadas. Ao fim ao cabo, importa quem tem notória capacidade de fazer conchavos. Saberemos quem é o mais forte nessa “virtude” quando a Alepi escolher o novo conselheiro entre os quatro deputados estaduais que buscam a vaga: Flora Izabel, PT, Flávio Nogueira (sem partido), José Santana, do MDB, e Wilson Brandão, do PP.

O ministro Fux e Ciro Nogueira segurando a Constituição, no encontro da busca da paz entre os Poderes. Mas, ontem, Bolsonaro tocou fogo em tudo (Foto: divulgação)

O impeachment

Menos de 48 horas depois que seu ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, foi ao STF traçar uma linha de apaziguamento entre os três Poderes, Bolsonaro manda para o Senado o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF. 
E agora, Ciro?

Olha, olha!

Ao pedir o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, o presidente, mesmo que não cultive barbas, deveria pô-las de molho. 
A senadora Simone Tebet já disse que impeachment que dá em Chico dá em Francisco.

Não ganha

Portanto, há quem aposte no insucesso de Bolsonaro quanto ao impeachment de Alexandre de Moraes.
Pelo simples motivo: contra Bolsonaro há no Congresso pelo menos 200 pedidos do gênero.
Não seria ao primeiro pedido contra Moraes que o Senado iria decidir. 

Reação de Pacheco

O ultra comedido Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, disse, logo depois de protocolado o pedido de impeachment de Alexandre de Moraes:
“Nós não vamos nos render a qualquer tipo de investida que preveja desunir o Brasil”.
Falando nas entrelinhas, Pacheco disse que simplesmente vai engavetar o pedido.

Primeiros socorros

Uma lei municipal sancionada na quarta-feira pelo prefeito Dr Pessoa torna obrigatório que, pelo menos, um funcionário das escolas, creches ou centros de educação infantil instalados no município de Teresina tenha curso de primeiros socorros e prevenção de acidentes.
Tem coisa mais sem sentido?

Os autores

A lei resulta de projeto assinado pelos vereadores Edilberto Borges, Levino de Jesus, Joaquim Caldas e Capitão Roberval.

Creche de idosos

Outra lei, esta de autoria dos vereadores Edilberto Borges, Jeová Alencar e Evandro Hidd, cria o Programa Creches para Idosos em Teresina.

Como funcionará?

Pela lei, a creche para idosos atenderá e destinará um número de vagas para famílias de baixa renda, que não têm com quem deixar os idosos que vivem com eles, quando saem para seus trabalhos.

Às compras

Será de R$ 11.220.572,81 a compra de medicamentos destinados a atender as necessidades da Fundação Municipal de Saúde, no âmbito dos estabelecimentos de saúde vinculados à Diretoria de Assistência Especializada (DAE) e eventualmente de alguma outra demanda específica da FMS, a ser realizada no próximo dia 30 de agosto.

Asfalto

Outra licitação realizada pela prefeitura, no valor de R$ 2.211.398,03, para reforma da Usina de Asfalto de Teresina, aconteceu ontem, dia 20.
Mas é curioso que o aviso para essa aquisição tenha sido feito na edição do Diário Oficial do Município na segunda-feira, 16 de agosto, dia do aniversário da cidade.

Desapropriação

A prefeitura de Teresina vai pagar R$ 1.228.701,74 de indenização a Mariano Gayoso Castelo Branco Neto e a Katia Cristina Albuquerque Gayoso Castelo Branco, pela desapropriação de imóvel pertencente ao casal, situado no povoado São Domingos, com área de 18.74 hectares. 

Cidadão

Por iniciativa do vereador Renato Berger, a Câmara Municipal de Teresina aprovou o Decreto Legislativo Nº 1.343/2021 que dá título honorífico de cidadania ao presidente da Casa, Jeová Alencar – que por suposto deve ser cidadão da cidade desde que se tornou eleitor, se elegeu vereador duas vezes e duas vezes presidente do Legislativo municipal.
Para que esse excesso de zelo, Berger?

Precedente

Alencar não é o primeiro a aceitar essa espécie de auto bajulação. Quando presidiu a Câmara Municipal de Teresina, ainda nos anos 80 do século passado, José Albuquerque, pernambucano de nascimento e vereador da cidade desde a década de 1970, aceitou receber um título de cidadão honorário da cidade.

Estocada

Ontem, Robert Rios resolveu provocar Sílvio Mendes, pré-candidato de oposição ao governo do Piauí. 
O vice-prefeito afirmou que o ex-prefeito, que virou seu desafeto, é menos capacitado para ser governador que a deputada Iracema Portella, outro nome citado no campo da oposição para a disputa do Palácio de Karnak.

Não, obrigado!

Sílvio Mendes fez ouvidos de mercador e disse que não vai responder a críticas ou provocações, a não ser que lhes afetem a honra e à honra da família.
“Elogiada” na comparação com o ex-prefeito, a deputada Iracema Portella também preferiu dar o calado por resposta.

Mas…

Iracema Portella postou em mídias sociais uma foto em que abraça o ex-prefeito durante um evento para mulheres do Partido Progressista.
Na legenda, a deputada federal disse que a fotografia representava respeito e confiança de “duas pessoas com um objetivo comum”.

Quem? Quem?

Ao ser indagado por Efrém Ribeiro, o repórter em tempo integral do Sistema Meio Norte, sobre as críticas que lhe dirige o ex-candidato tucano a prefeito, Kleber Montezuma, o prefeito Dr. Pessoa fez-se de desentendido. “Quem? Quem? Quem? Quem?”, perguntou em resposta a quatro indagações do jornalista.

Derrotado

Mas Dr. Pessoa passou recibo logo em seguida, dizendo que não conversa com derrotado e frustrado. 
Pena que pense assim. Nas democracias, o derrotado representa uma parcela do eleitorado que não acatou o projeto vencedor. 
Falar com o derrotado, portanto, é um gesto não apenas de boa vontade, mas de sabedoria política.

Ping-Pong

Cachorros ruins

José Machado, chefe político em Macaé, Estado do Rio, é convidado por Getúlio Vargas para uma visita ao Catete, logo após a vitória da Revolução de 1930. Vai em sua mula de estimação, já que não andava de carro por medo.

Getúlio: “Coronel Machado, o que o senhor está achando de meu governo?”

Machado: “O caçador é bom, dr. Getúlio. A cachorrada é que não presta”.

Do livro “Folclore político: 1950 histórias”, de Sebastião Nery,

Expressas

Estão fazendo uma bela pintura na fachada do Mercado do Mafuá. Ou seja, estão literalmente fazendo uma obra de fachada.

A prefeitura de Teresina está preparando a retomada da ponte entre o setor de esporte da UFPI e o bairro Água Mineral.

Precisa também retomar a obra da avenida de acesso ao Parque Sul pela margem do rio Poti, parada há pelo menos dois meses.

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