Os relatos e histórias sobre Arimatéia Azevedo

Os relatos e histórias sobre Arimatéia Azevedo

A coluna deste domingo (17) é com trechos dos artigos que foram escritos ao longo da semana pelos amigos e colegas de profissão do jornalista Arimatéia Azevedo. Há dez dias o colunista do Portal AZ encontra-se preso na Penitenciária Irmão Guido, sob acusação de suposta extorsão, em um processo sem provas que liguem o profissional ao crime.

Releia os artigos abaixo: 

A quem interessa calar jornalista?

Sócrates, o pai da filosofia Ocidental, foi considerado um criminoso pelo Direito ateniense. E qual era o seu crime? Justamente ser contra as ideias de seu tempo, pelo qual pagou com a própria vida.

A posição divergente de Sócrates, naquele contexto da Grécia Antiga, serviu de base para o que hoje se conhece como liberdade de pensamento.

O exemplo de Sócrates me vem à lembrança quando presencio o brutal e prolongado cerco que se faz ao jornalista Arimatéia Azevedo, com o objetivo de silenciá-lo a qualquer custo.

Leia o artigo de Zózimo Tavares completo aqui! 

Prêmio Nobel da Paz ou prisão?    

Curiosamente, um dia depois que o jornalista Arimatéia Azevedo foi preso no Brasil sem apresentação de provas contundentes, dois jornalistas ganharam o Prêmio Nobel da Paz por defenderem a liberdade de imprensa. O Comitê Norueguês premiou Dmitry Muratov, da Rússia, e Maria Ressa, das Filipinas, justamente pela defesa da livre expressão e por confrontarem o autoritarismo e o abuso de poder. 

O Comitê Norueguês se referiu aos laureados como "representantes de todos os jornalistas que defendem este ideal em um mundo em que a democracia e a liberdade de imprensa enfrentam condições cada vez mais adversas". Enquanto isso, em Teresina, capital do Piauí, no Nordeste brasileiro, a luta em defesa da liberdade de expressão é “premiada” com uma prisão preventiva sem que o réu, de 68 anos, fosse ouvido durante as investigações. Nessas condições e sem provas de crime, parece legítimo considerar que a prisão ganha aspecto de arbitragem contra a liberdade de imprensa. 

Leia o artigo escrito por Flávia Rocha na íntegra!

Arimatéia Azevedo, coragem de leão e audacioso 

Certa vez quando criminosos tentaram manchar a honra, a história ética, de seriedade e retidão de caráter construída pelo delegado Bonfim Filho, na Polícia Civil do Piauí, escrevi um artigo dizendo que não precisaria de resultado de investigação nenhuma para dizer que Bonfim Filho sempre foi um homem honrado e que estava sendo vítima de armações, vítima de criminosos.

Hoje, volto a ocupar espaço jornalístico para falar de um homem que conheço seu legado, desde quando eu ainda era um adolescente, já trilhando nas redações de noticiosos. Hoje, o meu personagem é José de Arimatéia Azevedo. Homem franzino, porém, com coragem de leão, audacioso no quesito investigação jornalística. E aqui não preciso me alongar muito para dizer que, assim como conhecia Bonfim Filho, também conheço bem o ritmo honrado e ética de Arimatéia Azevedo.

Leia o artigo escrito por Walcy Vieira na íntegra!

O que eles podem...      

O que dizer de um jornalista que é preso sem direito de se defender, que tem os seus dados celulares vazados na internet sem qualquer resquício de respeito à sua integridade e aos seus direitos? 

O que dizer de uma prisão que é anunciada com semanas de antecedência porque um certo empresário compareceu a um distrito policial para fazer acusações baseadas em recortes de WhatsApp?

Leia o artigo escrito por Toni Rodrigues na íntegra!

Solidariedade Humana    

Na conjuntura atual, o ataque sistemático com força descomunal ao jornalista Arimatéia Azevedo é fruto da "vergonha" que sempre se abateu sobre nossa classe dominante. Permitam-me, mas a imprensa piauiense - com ressalvas - está custando a compreender o que estamos vivenciando como um "golpe sujo" para desmoralizar não apenas um, dois ou três profissionais da informação, mas para desacreditá-los perante a sociedade por uma gente que nutre arrogância e sentimentos de perseguição.

Sem dúvidas, pelo andar da carruagem, a velhacaria não pretende abandonar hábitos escusos. Porque sempre gostou de mostrar-se com despudor. E detesta qualquer associação com mazelas político-sociais. Acossada, esperneia! E persegue, seja quem for! A senda de Arimatéia Azevedo faz lembrar o romance "Triste fim de Policarpo Quaresma", de Lima Barreto publicado em 1911. 

Leia o artigo escrito por Miguel Dias na íntegra!

Arimatéia Azevedo, o anjo torto do jornalismo piauiense    

O compadre Albert Piauhy lia tanto para mim a história do Prometeu, que a decorei. Resumindo. Por desafiar o todo poderoso Zeus, foi acorrentado num rochedo, no meio do mar. Durante o dia, uma águia vinha devorar-lhe o fígado, recomposto durante a noite, quando se aliviava das dores, com tudo começando ao raiar do dia. Assim estava, por anos, quando um mensageiro veio a acordo, que ele não aceitou, dizendo que preferia ficar naquela situação do que virar lacaio. E assim ficou entregue à própria sorte, até ser salvo por Hércules que, após os 12 trabalhos, matava o tempo fazendo destas e doutras aventuras. Ou foi o centauro Quiron, que o libertou, matando a águia com tiro certeiro de flecha, e dando-se ao sacrifício, querido Zózimo Tavares?

Lembrei do Prometeu, ao ver a situação kafikaniana do jornalista e bacharel em Direito Arimatéia Azevedo, o anjo torto do jornalismo piauiense. O desafiante dos poderosos de hoje, com a pena implacável que tanto chicoteia os tidos intocáveis. Foi assim quando, por veredas pantanosas, desmanchou a farsa da prisão de três inocentes no assassinato do jornalista Helder Feitosa, dono do jornal O Estado e da Rádio Poty e um dos renovadores da imprensa Mandu Ladino. 

Leia o artigo escrito por Kenard Kruel Fagundes na íntegra!

Achismo e lawfare no caso Arimatéia    

A defesa do ex-presidente Lula sempre classificou como lawfare os processos movidos contra ele nas acusações de ter recebido vantagens indevidas em troca de contratos com empreiteiras quando exerceu o cargo de presidente da República. Lula acabou revertendo uma a uma todas as acusações. Mas o que vem a ser “lawfare”, um termo usado no direito há 50 anos? A palavra lawfare vem do inglês law, que, traduzida significa direito, e fare, guerra, em português significando guerra jurídica. Essa palavra, originalmente, se refere a uma forma de guerra na qual o direito é usado como arma. Basicamente seria o emprego de normas jurídico-legais como substituto de uma força armada visando alcançar determinados objetivos.

Leia o artigo escrito por Paulo Fontenele na íntegra!

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