Falta de conhecimento gera ignorância, ódio e crimes

Falta de conhecimento denuncia no ser humano um despreparo intelectual

A pesquisadora Carla Dendasck diz que, "para entender o conhecimento, pense nele como um conjunto de saberes e informações que o ser humano obtém por meio de suas experiências, valores, aprendizagem e crenças. Ele é fundamental na vida do ser humano, já que a vida do indivíduo gira em torno dele. A partir dele - assevera a pesquisadora -, acontece a evolução da sociedade e, com a evolução, o homem pode se tornar cada vez mais capaz de adquiri-lo e a partir do conhecimento obtido, conforme o tempo, cria-se uma conduta, que pode mudar até mesmo a sociedade e a cultura".

Na literatura social e humana, colhemos as seguintes perguntas, que nos trazem as respostas:

O que significa falta de conhecimento? A ignorância se refere à falta de conhecimento. A palavra ignorante é um adjetivo que descreve uma pessoa em estado de consciência e pode descrever indivíduos que deliberadamente ignoram ou desconsideram informações ou fatos importantes, ou indivíduos que desconhecem informações ou fatos importantes.

O que causa a falta de conhecimento? Podemos afirmar que a falta de conhecimento foi e continua sendo a grande e maior ameaça, desde Eras mais remotas, aos dias atuais. A Ignorância tem sido causa de guerras, revoluções, levantes, atentados, terrorismo, fome, miséria, doenças, ódio, crimes; enfim; causadora de todos os infortúnio que nos fazem padecer...

Por que precisamos ter conhecimento? Ele é fundamental na vida do ser humano, já que a vida do indivíduo gira em torno dele. O conhecimento pode transformar vidas se usado de maneira certa, pois é a fonte para a criação de um mundo melhor.

Em 05 de março de 2019, publiquei no Portal AZ um artigo sob o título "Discurso de ódio e liberdade de expressão", no qual destaquei o seguinte:

(..) "Recentemente, como que doutrinadas, pessoas despreparadas e incorrigíveis socialmente têm confundido discurso de ódio com liberdade de expressão. Esta não é um direito absoluto, porquanto limitada por outros direitos fundamentais. Constitucionalmente, a ninguém é dado o direito de pregar e disseminar o desrespeito aos outros pelo sentimento puramente de ódio, de aversão".(...)

(...) "Não há no Brasil legislação especifica para conter, coibir e punir o “discurso de ódio”. Nossa Constituição Federal, promulgada após o fim da ditadura militar, garante apenas a igualdade de todos perante a lei e a proteção legal contra a discriminação, o preconceito e o racismo. Isso é tudo? Não! Precisamos avançar ainda mais na direção para regulamentar o discurso de ódio como um delito grave" (...)

(...) "Dados estatísticos e históricos abundantes indicam e comprovam que há forte correlação entre expressão de ódio e violência física. Genocídios, segregações e discriminações sociais foram todas acompanhadas pela promoção de expressões e de discursos de ódio". (...)

Carla Dendasck diz textualmente que, "a falta de conhecimento pode afetar diretamente a sua vida! Ela pode te afetar de diferentes maneiras se formos pensar na falta de conhecimento como uma das principais características da ignorância, é fácil compreender como ela pode acarretar uma estagnação no seu desenvolvimento. Aquele que é ignorante não é apenas ignorante nos assuntos diversificados, mas é ignorante também sobre si mesmo. É aquele que não tem autoconhecimento e, consequentemente, não faz autoquestionamentos, que são essenciais para o desenvolvimento pessoal do ser humano".

Em suma, a falta de conhecimento denuncia no ser humano um despreparo intelectual. O Brasil de hoje, infelizmente, convive com uma tragédia sócio-política que tem gerado ódio e crimes de toda ordem. Deu-se vez e voz para ignorantes, imbecis, idiotas e despreparados(as) intelectualmente, dividindo a sociedade entre o bem e mal. Aliás, uma divisão que remonta à Idade Média.

“A chave misteriosa das desgraças que nos afligem é esta; e somente esta: a Ignorância! Ela é a mãe da servilidade e da miséria” (Rui Barbosa). “A diferença entre um homem sábio e um homem ignorante é a mesma entre um homem vivo e um cadáver.” (Aristóteles, 384-322, AC); “Todo aquele que não sabe, seja quem for, pode e deve entrar no rol do vulgar.” (Miguel Cervantes, 1547-1616); “O tolo, quando erra, queixa-se dos outros; o sábio queixa-se de si mesmo.” (Sócrates, 469-399, AC).

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