Depois de uma fase de Eliminatórias tensa, a confirmação finalmente foi dada: o Brasil vai para a Copa 2026. Mas, há algo que ainda não foi conquistado: a confiança dos brasileiros. Uma pesquisa recente do Datafolha mostrou que apenas 33% dos brasileiros acreditam que a Seleção conquistará o hexa em 2026: o menor índice já registrado.
Em casas de apostas, embora as odds para a Copa do Mundo ainda estejam longe de ser confirmadas, fato é que o Brasil já não ocupa a mesma confiança. Assim, checando numa plataforma de 10 centavos listada no site Vai Apostar, vimos odds não tão baixas para a Seleção em seus últimos confrontos, indicando um favoritismo menor que antes. Mas por que o otimismo sumiu?
E será que há mais razões reais para acreditar ou para duvidar? Neste artigo, vamos analisar a situação por completo: do desempenho da Seleção às fases de nossos principais craques, passando por Neymar, Ancelotti e o que esperar da caminhada rumo à Copa.
A pesquisa do Datafolha revela a desesperança dos brasileiros
Uma pesquisa recente do Datafolha escancarou o clima entre os torcedores: só 33% dos brasileiros acreditam que o país tem chance real de ganhar a Copa de 2026. É o menor índice já registrado desde que esse tipo de levantamento começou.
O número ajuda a explicar o tom da conversa nas redes, nas mesas de bar e até entre quem nem acompanha tanto futebol assim. Muita gente não se empolga mais com a Seleção. Entre os mais velhos e entre as mulheres, a confiança é ainda menor: mostrando que o desânimo é geral. Mas, o que explica isso?
Revisando o desempenho recente da Seleção Brasileira
Nos últimos dez jogos oficiais, o Brasil somou cinco vitórias, três empates e duas derrotas. Os números frios não impressionam, mas mostram que a Seleção ainda se mantém viva.
O problema está na irregularidade: vitórias convincentes, como o 4x0 sobre o Peru, se misturam a tropeços preocupantes, como a derrota para o Paraguai e a goleada sofrida para a Argentina. Veja os últimos jogos, contando apenas 2025:
Além da goleada por 4 x 1 para a Argentina em março, um bom placar para representar o time espaçado, meio-campo perdido e defesa exposta, a Seleção sofreu com empate contra a Venezuela e a dolorosa queda diante do Paraguai. O cenário mudou em 26 de maio, quando Carlo Ancelotti assumiu.
Já na estreia, mesmo num 0 x 0 sem brilho contra o Equador, viu-se um bloco mais compacto e linhas mais altas; faltava entrosamento, mas o esboço de ideia estava ali. Duas semanas depois, veio o 1 x 0 sobre o Paraguai: pressão coordenada, transições rápidas e gol de Vinícius Júnior que carimbou a vaga antecipada na Copa.
E os nossos craques? Desempenho recente dos jogadores do Brasil
O momento técnico da Seleção também fica ameaçado e imprevisível por conta do desempenho de seus principais jogadores. A temporada europeia 25/26 ainda está nos seus primeiros passos, o que dificulta prever o desempenho de nomes como Vinícius Jr., Rodrygo e Endrick — todos afetados pela troca de comando no Real Madrid.
Vinícius Jr. encerrou a última temporada com bons números no geral, mas caiu de rendimento nos primeiros meses de 2025. Já Rodrygo perdeu espaço com a chegada de novos reforços e alternou atuações discretas com momentos de brilho. Endrick, por sua vez, vive fase de transição e ainda não se firmou no clube merengue, ficando sob “ameaça” de empréstimo.
No Barcelona, quem terminou em alta foi Raphinha, eleito um dos melhores da La Liga, com impacto direto em gols e boas atuações também pela Seleção. Resta saber, agora, se ele manterá o desempenho acima de sua própria média, que demonstrou em 24/25.
Mas, entre os testes recentes, Matheus Cunha foi o grande nome positivo nos jogos sob comando de Ancelotti. Com força física, mobilidade e participação decisiva contra o Paraguai, ele se colocou como uma alternativa real para 2026.
Neymar é o principal ponto (já definido?) para 2026
O caso mais emblemático é o de Neymar. De volta ao Santos, gerou expectativa de recomeço e liderança, mas teve um início decepcionante: pouca regularidade, lesões e rendimento abaixo do esperado. Assim, é difícil acreditar que o “antigo” Neymar ainda pode aparecer, dados os resultados do seu primeiro semestre no Peixe.
O fator Ancelotti: uma possível virada de chave?
Os números da “Era Carletto” ainda são curtos, porém indicam recuperação. Casemiro voltou a ser termômetro, Martinelli abriu o campo pela esquerda, Raphinha ganhou liberdade de flutuar e Cunha trouxe mobilidade. Ainda faltam ajustes: solidez fora de casa e melhor aproveitamento das chances criadas.
Mas, após meses de marasmo, o Brasil finalmente parece ter um roteiro claro para 2026. Sem dúvidas, finalmente, o time terá uma identidade e uma ideia de jogo. Só, que a menos de 1 ano para a Copa do Mundo, será possível sonhar com o título? Bom, essa é a meta que o próprio Ancelotti definiu desde sua chegada: veremos o quanto esse treinador tão vitorioso ainda é capaz de atingir suas metas.