Motorista e cobradores se manifestam e chamam atenção para crise nos ônibus

O objetivo da ação era protestar contra descaso; veículos já circulam normalmente

Os motoristas e cobradores do transporte coletivo de Teresina paralizaram, na manhã desta segunda-feira (06), as atividades na capital. A ação durou poucas horas e tinha o objetivo de chamar atenção do judiciário, legislativo e da prefeitura para a situação do setor.

Foto: motoristas
Motorista e cobradores se manifestam e chamam atenção para crise nos ônibus

Em entrevista ao Portal AZ, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas e Transporte Rodoviário (Sintetro), Antônio Cardoso, avalia que as dívidas antigas entre Setut e Prefeitura devem ser solucionadas judicialmente. Na última sexta-feira (03), o Setut voltou a informar que não teria como efetuar a folha de pagamento alegando descumprimento do repasse dos subsídios da Prefeitura de Teresina.

"Nós fizemos uma pequena mobilização, mas os ônibus já estão rodando. Isso é para chamar a atenção do poder público. Se o problema é no Setut, então que se faça uma reunião com os empresários para apresentar a mesma proposta que apresentaram para o sindicato laboral, Assim saberemos quais empresas têm interesse em continuar trabalhando em Teresina. Alguns empresários querem continuar daqui para frente. Esse débito que tem para trás seria resolvido com a justiça", disse Antonio cardoso. 

Ainda segundo Antõnio Cardoso, o foco é resolver a situação e evitar transtornos para os passageiros.

"A prefeitura veio 'enrolando' a gente todo esse tempo para que a gente venha anunciar uma greve regular que nem aquela que nós convocamos a categoria, fazemos a assembleia, para então colocar os carros de empresários para rodar. A gente quer que seja resolvido de uma vez por todas", disse.

Em 03 de fevereiro, o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina (SETUT) enviou ofício ao Sintetro alegando que não teria recursos para efetuar o pagamento dos servidores. De acordo com o coordenador técnico do SETUT, Vinícius Rufino, a prefeitura não tem feito o repasse desde setembro de 2022. 

“A prefeitura não nos recebeu essa semana, mesmo tendo havido essa definição em audiência judicial junto ao TRT, e até o presente momento, não nos vem sendo repassado os valores desse ano de 2023 para que haja algum tipo de cobertura, valores esses que faziam a grandeza de 2 milhões de reais até setembro de 2022”, explicou.

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