A Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, vinculada ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, divulgou nesta quinta-feira (30/1) que o déficit primário das empresas estatais federais atingiu R$ 4,04 bilhões em 2024. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do ano passado havia autorizado um déficit de até R$ 7,3 bilhões para o período.
O governo destacou que os investimentos das estatais federais cresceram 44,1% em 2024, totalizando R$ 96,18 bilhões, em comparação a 2023. Em relação a 2022, o aumento foi de 87,2%. Esses números consideram apenas os valores aplicados em ativos imobilizados, como infraestrutura e equipamentos, e excluem as 17 empresas que dependem de recursos da União.
A ministra da Gestão, Esther Dweck, afirmou que o déficit não representa um problema para o Tesouro Nacional. "Déficit não representa nenhum problema para o Tesouro", declarou Dweck.
Entre as estatais, nove apresentaram superávit e 11 registraram déficit. Os Correios foram responsáveis pelo maior déficit, com R$ 3,2 bilhões negativos.
O governo ressaltou que a divergência entre os dados divulgados pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais e os valores apresentados pelo Banco Central decorre de diferenças metodológicas na coleta e cálculo dos dados, além da exclusão de investimentos do PAC e resultados de grupos específicos no levantamento da secretaria.