Um mês após a "Operação Sem Desconto", que revelou um esquema de descontos irregulares em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o governo federal ainda não apresentou um plano completo para devolver os valores retirados indevidamente.
Até o momento, apenas os descontos feitos na folha de abril têm previsão de reembolso. Para os demais casos, o governo estuda um modelo em que as entidades responsáveis pelos descontos devolvam os valores diretamente na folha de pagamento seguinte. Caso isso não ocorra, o INSS promete ressarcir os beneficiários e buscar o dinheiro na Justiça.
O presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, pediu desculpas aos aposentados e pensionistas prejudicados, reconhecendo que o instituto falhou ao permitir a atuação de entidades fraudulentas.
A operação revelou que, entre 2019 e 2024, cerca de R$ 6 bilhões foram desviados por meio de descontos não autorizados em benefícios. O governo também trabalha para evitar uma onda de processos judiciais que poderia gerar um passivo bilionário para a União.