A marca de R$ 2 trilhões em impostos pagos pelos brasileiros deve ser alcançada já nesta quinta-feira (3), aponta o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). O número representa um aumento de 11,1 % em relação ao mesmo período de 2024, quando a cifra só foi batida em 21 de julho.
O painel eletrônico contabiliza em tempo real os tributos recolhidos pela União, estados e municípios, incluindo impostos como IPI, ICMS, ISS, IPTU, IPVA, e contribuições como PIS e Cofins.
Quais os motivos por trás do recorde?
Especialistas destacam três fatores principais:
1. Crescimento econômico e inflação - O avanço da atividade econômica, somado à inflação – que impacta diretamente impostos sobre consumo – puxam a arrecadação para cima.
2. Aumento de alíquotas e novas fontes tributárias - Entre os ajustes estão elevação do ICMS, reoneração dos combustíveis, tributação sobre offshores e novas bases, como apostas .
3. Melhor fiscalização pela Receita Federal
Apesar do recorde, a perspectiva para o restante de 2025 é de crescimento moderado, influenciada pelos juros altos – a taxa Selic está em 15% após sete aumentos consecutivos.
Para equilibrar a situação, analistas sugerem que o governo apresente um plano de controle de gastos e revisão de subsídios. Caso contrário, o país seguirá dependendo cada vez mais do aumento da arrecadação.
O que é o Impostômetro?
O Impostômetro é um painel eletrônico que contabiliza em tempo real os pagamentos de tributos no Brasil (desde 2005). Ele monitora impostos diretos e indiretos, taxas, multas e contribuições, e serve como termômetro da economia e reflexo da carga tributária sob a sociedade.