Uma estudante de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Piauí (UFPI), identificada como Ana Beatriz, usou as redes sociais nesta quarta-feira (26) para denunciar a falta de acessibilidade na instituição para alunos surdos. Segundo ela, sem o suporte de um intérprete de Libras, não será possível continuar acompanhando as aulas.
Até então, Ana Beatriz contava com a ajuda de vaquinhas organizadas para custear o serviço de tradução simultânea. No entanto, sem mais recursos financeiros, ela afirma estar impossibilitada de exercer seu direito à educação. A estudante destacou que notificou diversas vezes a UFPI sobre sua necessidade e ressaltou ser a primeira aluna surda matriculada no curso.
Em resposta, a universidade divulgou uma nota afirmando estar ciente da situação desde o dia 28 de fevereiro e que vem tomado medidas para garantir a acessibilidade da estudante. Em nota, a UFPI justificou a falta de intérpretes pela suspensão de um concurso público para a contratação desses profissionais, decisão tomada na gestão anterior do Governo Federal.
Como solução emergencial, a instituição anunciou que está providenciando a contratação temporária de um intérprete e selecionando um estagiário do curso de Letras-Libras para auxiliar no acompanhamento da estudante. Além disso, a Fundação de Apoio (Fadex) deverá contratar um segundo intérprete.