Aos 100 anos, morre Fada Santoro, a primeira “Escrava Isaura” do cinema

Fada Santoro ficou conhecida por viver a era de ouro do cinema brasileiro. A atriz morreu em decorrência de complicações da Covid-19

A atriz Fada Santoro, conhecida por interpretar a inesquecível Isaura no clássico “A Escrava Isaura”, morreu no último domingo (15), aos 100 anos, em sua residência no bairro do Leme, no Rio de Janeiro. A artista enfrentava complicações decorrentes da Covid-19, chegando a ser hospitalizada, mas não resistiu.

Foto: Reprodução
Fada Santoro, a primeira “Escrava Isaura” do cinema

Nascida durante a era de ouro do cinema brasileiro, Fada iniciou sua trajetória artística nos anos 1930 como bailarina nos prestigiados cassinos do Rio de Janeiro e Niterói. Sua estreia no cinema aconteceu em 1937, pela Cinédia, primeira grande produtora do país.

Durante as décadas de 1940 e 1950, Fada se tornou um dos maiores nomes das chanchadas, as comédias musicais que marcaram época. Contudo, foi sua interpretação de Isaura em 1949, na adaptação cinematográfica do romance “A Escrava Isaura”, que consolidou seu nome no cinema brasileiro e lhe garantiu a fama nacional.

Fada também brilhou ao lado de grandes nomes como Oscarito e Grande Otelo em produções emblemáticas como "Barnabé, Tu És Meu" (1952) e "Nem Sansão Nem Dalila" (1954). No teatro, teve destaque especial, especialmente em musicais infantis e peças ao lado da consagrada atriz Dulcina de Moraes.

Com a chegada da televisão brasileira, Fada Santoro fez parte da geração pioneira dos programas ao vivo nos anos 1950, antes da popularização do videotape. A atriz também fez participações internacionais, como em produções na Argentina.

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