Conclave para escolha de novo Papa inicia nesta quarta; cardeais estão isolados

Participam do processo os 133 cardeais com menos de 80 anos, de um total de 70 países

Os preparativos para o conclave que elegerá o próximo papa da Igreja Católica estão em andamento no Vaticano. Nesta terça-feira (6), os cardeais com direito a voto começaram a se hospedar em residências designadas dentro da Cidade do Vaticano, onde ficarão isolados do mundo exterior até a escolha do sucessor do Papa Francisco, falecido no mês passado.

Foto: AFP
Cardeais que escolherão o próximo papa reunidos no Vaticano

O conclave será iniciado oficialmente na tarde desta quarta-feira (7), em cerimônia fechada na Capela Sistina. Participam do processo os 133 cardeais com menos de 80 anos, de um total de 70 países, fazendo desta a eleição papal mais geograficamente diversa da história da Igreja.

A sucessão é considerada uma disputa aberta. Apesar de alguns nomes já circularem como possíveis favoritos, muitos cardeais afirmam não ter uma direção clara. “Não tenho nenhuma ideia”, declarou o cardeal Robert McElroy, de Washington, durante visita a uma paróquia em Roma. “É um processo profundo e misterioso”.

O processo de escolha pode durar vários dias, com sucessivas votações até que um candidato obtenha o apoio de dois terços dos votantes. Durante esse período, os cardeais fazem juramento de sigilo absoluto e não podem manter contato com pessoas de fora.

O legado de Francisco, que priorizou uma Igreja mais aberta e diversa, influenciará a escolha. Ele foi o responsável por nomear muitos dos cardeais eleitores, incluindo representantes de países que nunca haviam participado de um conclave, como Sudão do Sul, Haiti e Mianmar.

Entre os blocos de votação, destaca-se a atuação conjunta de cardeais da Ásia. “Nós, asiáticos, provavelmente somos mais unânimes em apoiar um ou dois candidatos… veremos qual nome sairá como o principal”, disse o cardeal japonês Tarcisio Isao Kikuchi ao jornal La Repubblica.

O mundo agora aguarda a fumaça branca — sinal de que um novo líder foi escolhido para guiar os 1,4 bilhão de católicos.

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