O novo líder da Igreja Católica, papa Leão XIV, reafirmou nesta quarta-feira (14) o compromisso da Santa Sé com a promoção da paz mundial e se colocou à disposição para atuar como mediador em conflitos internacionais. Em um discurso dirigido aos representantes das Igrejas Católicas Orientais, o pontífice ressaltou que “a guerra nunca é inevitável” e defendeu o diálogo como único caminho para restaurar a dignidade humana.
Primeiro papa nascido nos Estados Unidos e eleito na semana passada após a morte de Francisco, Leão XIV tem feito constantes apelos por soluções pacíficas desde o início de seu pontificado. Durante o encontro, destacou a disposição do Vaticano em reunir adversários em busca de entendimento. “A Santa Sé está sempre pronta para ajudar a reunir os inimigos, cara a cara, para que conversem entre si”, afirmou.
O papa condenou o uso de armas e advertiu contra discursos que simplificam realidades complexas ao dividir o mundo entre “bem e mal”. Em pronunciamento recente, ele também pediu o fim da violência em diversas regiões em conflito, como Ucrânia, Síria, Líbano e Iraque, onde comunidades católicas orientais enfrentam perseguição constante.
No último domingo (11), o pontífice defendeu uma trégua duradoura na Ucrânia, o cessar-fogo em Gaza, a libertação de reféns israelenses mantidos pelo Hamas e saudou os esforços de paz entre Índia e Paquistão.
Leão XIV conversou na segunda-feira (12) com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky — sua primeira conversa com um chefe de Estado — e reforçou a proposta de mediação do Vaticano. Segundo o chefe de gabinete da presidência ucraniana, Andriy Yermak, Zelensky pretende participar da missa solene que marcará o início oficial do novo papado, em 18 de maio, no Vaticano, e poderá realizar reuniões paralelas com outras lideranças durante o evento.