O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, declarou nesta terça-feira (04) que o pastor André Valadão "responderá" pelos problemas com a lei que tem causado, após mais um episódio de LGBTFobia viralizar nas redes sociais. Durante um culto na igreja que lidera, a Lagoinha de Orlando (EUA), Valadão sugeriu que fiéis matassem pessoas da população LGBTQIAPN+, afirmando que se Deus pudesse, ele "matava tudo e começava tudo de novo", mas como não pode, deixou nas mãos dos fiéis.
“Agora é a hora de tomar as cordas de volta e dizer: Pode parar, reseta! Mas Deus fala que não pode mais”, afirma o pastor. “Ele diz, ‘já meti esse arco-íris aí. Se eu pudesse, matava tudo e começava de novo. Mas prometi que não posso’, agora tá com vocês”, disse Valadão em um trecho da pregação.
Flávio Dino comentou o episódio em sua conta do Twitter, embora não tenha mencionado diretamente o nome de André Valadão, referindo-se a ele como "suposto cristão". O ministro afirmou que além de infringir a lei, o líder religioso tem problemas com Jesus Cristo, que pregou amor, respeito e não violência contra as pessoas.
No dia seguinte, a deputada federal Erika Hilton solicitou a prisão de André Valadão e protocolou um pedido de investigação junto ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), atribuindo ao pastor os crimes de incitação e homotransfobia.
O outro lado
Após a repercussão negativa e a representação criminal por homofobia, o pastor evangélico voltou atrás e afirmou que a interpretação da fala foi equivocada. Ele argumentou que sua intenção era transmitir a mensagem de recomeço, de viver segundo as leis de Deus, e não incitar violência, segregação ou discriminação.