A Secretaria de Estado das Mulheres do Piauí (Sempi), representada pela secretária Zenaide Lustosa, participou nesta segunda-feira (4), do curso de formação da Polícia Militar, capacitando cerca de 350 pessoas no Antonino Freire – Núcleo da Escola de Governo do Piauí.
Durante a participação, Lustosa destacou a urgência de enfrentar a cultura da misoginia e a necessidade premente de reduzir os casos de feminicídio, ressaltando que esses casos refletem comportamentos misóginos. A secretária enfatizou também a importância de manter canais de atendimento acessíveis, como o protocolo “Ei, mermã, não se cale”, disponível 24 horas pelo número 0800 000 1673.
Além disso, foi chamada a atenção para o fato de que mulheres negras são as principais vítimas de violência, evidenciando a relevância da questão racial nesse contexto. A parceria entre a Sempi e a Secretaria de Segurança Pública é fundamental para abordar efetivamente a violência de gênero, especialmente em um ambiente predominantemente masculino como o da Polícia Militar. Estabelecer um diálogo que permita aos homens reconhecer e identificar a misoginia é crucial, incentivando-os a participar ativamente na luta contra a violência às mulheres.
A Sempi destaca que campanhas contínuas, como os “21 Dias de Ativismo” e o movimento “Piauí Sem Misoginia”, têm desempenhado papel essencial na conscientização e engajamento da sociedade contra a violência de gênero. Essas iniciativas visam não apenas sensibilizar, mas também promover a mudança de mentalidades e construir um ambiente igualitário e respeitoso para todas as mulheres.
É relevante mencionar que o engajamento da Sempi contra a misoginia será ampliado com o lançamento oficial da campanha “Piauí sem Misoginia” no dia 6 de dezembro, às 10h, na Secretaria de Estado da Cultura (Secult). Este evento reforça o compromisso da Secretaria em mobilizar a sociedade piauiense para combater ativamente a misoginia, buscando construir um ambiente onde as mulheres possam viver livres de violência e discriminação.