A nova Maternidade Dona Evangelina Rosa, está apurando a conduta da médica residente que postou nas redes sociais sobre o aborto legal de uma menina de 12 anos, estuprada pelo padrasto.
No dia 6 de janeiro, a médica, que acompanhou o processo de retirada do feto, logo publicou na rede social X (antigo Twitter), que aquele ato era um “crime”, mesmo sendo um direito à vítimas de estupro.
Ainda segundo a médica, ao acompanhar o procedimento de aborto, ela se questionou como profissional por ser “cristã”. Minutos depois, as palavras da médica causaram revolta nas redes socias, com internautas questionando a conduta profissional da mulher.
Com a repercussão negativa, a médica ainda não identificada, apagou os tweets.
Confira as publicações:
Estupro da menina de 12 anos
O crime aconteceu em São Raimundo Nonato, zona sul do Piauí, e está sendo investigado pela polícia. A denúncia partiu da avó da vítima, que ao perceber comportamentos diferentes na neta, descobriu a gravidez da pré-adolescente.
O principal suspeito é o padrasto da vítima, que desde o momento da denúncia está foragido.
Aborto legal
O aborto legal não é considerado crime no Brasil. Trata-se de um procedimento de interrupção de gestação autorizado pela legislação brasileira, sendo garantido e oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A legislação brasileira permite o aborto legal em determinadas circunstâncias, como nos casos em que a gravidez é resultado de estupro, quando há risco à vida da gestante, ou ainda, quando há um diagnóstico de anencefalia do feto. Nessas situações, o acesso ao procedimento é assegurado como um direito da mulher, respeitando sua autonomia e garantindo condições seguras para a realização do aborto.
Até o momento, a nova Maternidade Dona Evangelina Rosa não se manifestou publicamente sobre o assunto.