Brasil permanece na segunda posição do ranking global de juros reais, enquanto a Argentina assumiu a liderança, de acordo com dados do Portal MoneYou mencionados pela Folha de S.Paulo.
Com a decisão do Copom de elevar a Selic para 13,25% ao ano, os juros reais brasileiros atingiram 9,18% ao ano, ficando atrás apenas da Argentina, que registra 9,36%. A média dos países analisados no estudo é de 1,34%.
A Argentina passou por uma reviravolta no ranking, indo de juros reais negativos para a primeira colocação em poucos meses. Esse avanço se deu devido a projeções mais moderadas de inflação para 2025 e taxas de juros mais atrativas para investidores estrangeiros.
Além de Brasil e Argentina, completam o top 5 do ranking Rússia (8,91%), México (5,52%) e Indonésia (5,13%). O estudo considera um aumento de 1 ponto percentual nas taxas de juros nos próximos 12 meses.
Em cenários alternativos, o estudo sugere que o Brasil ultrapassaria a Argentina em 2025 caso houvesse um aumento hipotético de mais 1,25 ponto percentual na Selic. Nesse caso, os juros reais brasileiros alcançariam 9,44%, superando os 9,36% dos argentinos. Com um aumento de apenas mais 0,50 ponto percentual, o Brasil cairia para a terceira posição, atrás de Argentina e Rússia.
Entre os 40 países avaliados, a maioria manteve ou reduziu os juros recentemente, com exceção do Brasil e do Japão, que elevou sua taxa de 0,25% para 0,50% ao ano.
No ranking nominal, o Brasil ficou em quarto lugar, atrás de Turquia (45%), Argentina (32%) e Rússia (21%). Já países como China (1,14%) e EUA (1,12%) possuem índices significativamente menores.
O levantamento revela ainda que 12 economias têm juros reais negativos, incluindo Japão (-1,32%) e Turquia (-6,0%).
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*Fonte: Portal MoneyYou