Americanas em modo de recuperação: Presidente fala sobre desafios futuros

Presidente da Americanas discute o caminho da empresa rumo à recuperação e desafios enfren

O presidente da Americanas, Leonardo Coelho, revelou que a empresa ainda enfrenta um longo caminho pela frente para sair do modo de recuperação e retomar seu crescimento de forma consistente. Após concentrar esforços em fortalecer suas operações e afastar-se das questões ligadas ao escândalo de fraude contábil, a companhia agora enfrenta desafios significativos.

Desafios da Recuperação

Coelho enfatizou que a Americanas ainda terá que passar por pelo menos cinco ou seis trimestres adicionais em modo de recuperação. A recente queda de 24,5% nas ações da empresa na bolsa de valores de São Paulo, após a divulgação dos resultados do quarto trimestre, demonstra a complexidade da situação.

Recuperação Gradual e Sustentável

Em uma conferência com analistas e investidores, o presidente destacou a necessidade de uma abordagem gradual e sustentável para a recuperação da empresa. Ele ressaltou a magnitude da crise no início de 2023 e reiterou a importância de um processo longo para garantir que a Americanas esteja preparada para o futuro.

No último trimestre, a Americanas registrou um prejuízo líquido de R$ 586 milhões, com o Ebitda operacional próximo de zero devido ao foco na operação. A diretora financeira, Camille Loyo Faria, estima que a saída do processo de recuperação judicial ocorrerá no final de fevereiro de 2026, após a conclusão de 99% do plano de reestruturação aprovado pela Justiça do Rio de Janeiro.

Desafios Futuros e Vendas Planejadas

Um dos desafios enfrentados é a obrigação de venda do Hortifruti Natural da Terra (HNT), conforme definido no plano de recuperação judicial. Faria indicou que a venda será realizada ao longo de 2025, após a suspensão da operação no final de 2023. A executiva enfatizou a importância de avaliar as propostas de venda de forma estratégica, visando o melhor futuro para o negócio.

Com incertezas sobre os próximos passos, a Americanas precisará lidar com pressões do mercado e tomar decisões estratégicas para garantir sua estabilidade e crescimento a longo prazo.

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