Sabe-se que a escolha do novo papa é um processo complexo e cheio de tradições que remontam séculos de história. No entanto, um conclave em particular se destacou ao se prolongar por um período impressionante, gerando grande expectativa e tensão entre os fiéis. Vamos explorar os detalhes que envolveram o conclave mais longo da história da Igreja Católica, ocorrido entre 1268 e 1271.
O conclave que se estendeu por 34 meses, começando em novembro de 1268 e terminando em setembro de 1271, é considerado o mais longo já registrado na Igreja Católica. A morte de Clemente IV desencadeou a necessidade de eleger um novo pontífice, porém, intensas disputas políticas entre as facções francesas e italianas tornaram o processo extremamente moroso. Essas rivalidades internas entre os cardeais contribuíram significativamente para o prolongamento do conclave.
A pressão e a frustração crescentes durante os 1.006 dias de duração do conclave levaram os habitantes de Viterbo, a cidade onde o processo acontecia, a extremos, chegando a retirar o telhado do local de reunião dos cardeais na tentativa de acelerar a escolha do novo papa.
A intervenção de governantes, como o rei Felipe III, que pressionaram os cardeais a concluir a eleição, resultou em reformas significativas nas regras eleitorais da Igreja. Medidas mais rigorosas, como o completo isolamento dos cardeais durante a votação, foram implementadas para evitar interferências externas e garantir uma decisão mais ágil, moldando o que conhecemos como o conclave atual.
A escolha de Teobaldo Visconti como papa encerrou um período de instabilidade e deixou um legado duradouro. Seu processo eleitoral exaustivo influenciou reformas que moldaram as eleições papais futuras, estabelecendo regras mais eficientes e urgentes. O conclave de 1268 a 1271 não apenas se destacou pela sua duração excepcional, mas também marcou o início de uma nova era no processo eleitoral papal.