O governo federal, por meio da Secretaria de Cultura, autorizou a captação de R$ 1,3 milhão via Lei Rouanet para a realização de um espetáculo que homenageia o Tabaris Dancing, um famoso prostíbulo que operou no centro de São Paulo até 1934.
A informação foi revelada pelo jornalista Robson Bonin, da revista Veja, em matéria publicada nesta sexta-feira (9). O projeto, intitulado Tabaris Dancing ou Cabaré Máximo, será gerido por uma produtora com direção e curadoria exclusivamente feminina. Segundo os responsáveis, a peça pretende “reimaginar, a partir de fragmentos históricos e da ficção, a trajetória das mulheres que administraram esse emblemático espaço no início do século 20”.
De acordo com o texto, o Tabaris funcionava em um prédio de 1911 próximo ao Theatro Municipal de São Paulo e era ponto de encontro da elite da época. Considerado por seus idealizadores como parte da “memória paulistana”, o bordel é agora objeto de uma peça teatral que passará por palcos de São Paulo e do Rio de Janeiro.
A autorização para captar recursos foi concedida pelo governo Lula dentro dos mecanismos da Lei Rouanet, que permite a obtenção de patrocínios com dedução fiscal em apoio à cultura.
A decisão já começa a gerar polêmica nas redes sociais e em setores conservadores, que veem a iniciativa como mais um exemplo de uso questionável de dinheiro público.