Greve no transporte público causa transtornos em Teresina nesta segunda-feira

Paradas de ônibus da capital registraram grande movimentação e aglomeração. Motoristas e cobradores reivindicam reajuste salarial

A manhã desta segunda-feira (12) começou com transtornos e aglomeração de passageiros nas principais paradas de ônibus de Teresina. A greve dos motoristas e cobradores, anunciada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Rodoviário do Estado do Piauí (Sintetro), surpreendeu muitos usuários, que passaram as primeiras horas da manhã esperanço o transporte sem sucesso.

Foto: greve
Greve dos ônibus 

Paradas de ônibus nas avenidas Miguel Rosa, Getúlio Vargas, Barão de Gurgueia e Presidente Kennedy registraram grande movimentação e longas esperas. Sem ônibus circulando, quem precisava chegar ao trabalho ou à escola recorreu a transportes por aplicativo, mas a alta demanda elevou os preços das corridas, gerando reclamações entre os usuários. Também houve aumento no uso dos chamados “ligeirinhos”, veículos alternativos que atuam de forma irregular no transporte de passageiros.

Segundo o presidente do Sintetro, Antônio Cardoso, os ônibus permaneceram nas garagens a partir das 5h da manhã, como parte do movimento grevista. A categoria reivindica reajuste salarial, estagnado há três anos, além de melhorias no ticket-alimentação e no auxílio-saúde. Na última sexta-feira (9), motoristas e cobradores já haviam feito paralisações pontuais nos horários de pico.

O sindicato afirmou que não houve avanço nas negociações com a Prefeitura de Teresina. "Iniciamos movimentos na sexta, mas infelizmente não tivemos o resultado positivo que esperávamos", afirmou a entidade. A greve chegou a ser suspensa no sábado (10) a pedido da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), que prometeu discutir as reivindicações, mas, segundo o Sintetro, nenhuma proposta oficial foi apresentada.

Para minimizar os efeitos da greve, a Strans iniciou o cadastramento emergencial de veículos particulares para reforçar o transporte coletivo durante o período de paralisação.
 

Leia também