Em 3º dia de greve, sindicato cobra proposta justa para fim da paralisação

Segundo o Sintetro-PI, uma proposta foi feita pelo setor empresarial, mas ainda não chegaram a um valor considerado justo à classe dos motoristas e cobradores

Em meio ao 3º dia de paralisação do transporte público de Teresina, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro-PI) divulgou um comunicado nesta quarta-feira (14) reafirmando sua disposição para o diálogo e a negociação com o setor patronal.

Foto: greve
coletivo

A greve, iniciada no início da semana, continua afetando parte da frota de ônibus da capital. Apesar disso, o sindicato garante que a mobilização seguirá respeitando os limites legais e decisões judiciais em vigor, inclusive evitando bloqueios que impeçam a saída dos veículos das garagens.

Segundo a nota, representantes do Sintetro e sua equipe jurídica participaram de uma audiência com a desembargadora Liana Ferraz, que se colocou à disposição para atuar como mediadora no processo de negociação entre trabalhadores e empresários. O sindicato avalia positivamente a abertura do Judiciário para acompanhar o impasse e contribuir para a sua resolução.

Além disso, os rodoviários realizaram uma nova assembleia após a reunião no tribunal e aprovaram a redução da proposta inicial apresentada à classe patronal. Também foi decidido formalizar um pedido de mediação oficial.

Mesmo com a flexibilização, a categoria decidiu manter a greve. O Sintetro reforça, porém, que cumpre rigorosamente a Lei de Greve e que tanto o sindicato quanto o Setut (Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina) estão sujeitos às determinações judiciais.

“A luta dos trabalhadores é legítima e pautada em condições dignas de trabalho e valorização da categoria. Não buscamos o confronto, mas sim um entendimento que seja justo para quem move diariamente a cidade. Esperamos que o setor empresarial apresente uma proposta concreta e responsável”, diz um trecho do comunicado.

O sindicato encerrou o posicionamento com um apelo direto aos empresários, destacando as dificuldades enfrentadas por motoristas, cobradores e pela população que depende do transporte coletivo.

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