A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a atuação da empresa Águas de Teresina confirmou os primeiros convocados para prestar depoimento na Câmara Municipal. Criada em março deste ano, a CPI tem como foco principal apurar irregularidades na cobrança de tarifas e avaliar a qualidade dos serviços prestados pela concessionária à população. O presidente da CPI, Petrus Evelyn (Progressistas), anunciou que os convocados já foram notificados e devem comparecer para explicar a atuação da empresa em relação às denúncias recebidas.
Os convocados até o momento incluem nomes importantes do setor, como Edvaldo Marques, ex-presidente da Arsete; Edson Melo, atual presidente da Arsete; Laércio Nascimento, engenheiro e técnico da Arsete; Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social; e Carolina Serafim, representante da Águas de Teresina. Petrus Evelyn destacou que esta é apenas a primeira lista de depoentes, e que novos nomes de gestores e técnicos envolvidos na fiscalização ou execução dos serviços devem ser adicionados nas próximas semanas.
A expectativa da CPI é que os depoimentos ajudem a esclarecer possíveis falhas contratuais e problemas enfrentados pelos usuários da empresa, além de embasar recomendações e encaminhamentos ao Ministério Público e outros órgãos de controle. A CPI é composta pelo presidente Petrus Evelyn, o relator Joaquim Caldas (PT), e os membros Eduardo Draga Alana (PSD) e Tatiana Medeiros (PSB), que atualmente se encontra presa em uma investigação da Operação Escudo Eleitoral II. Os suplentes são Carpejanne Gomes (PODEMOS) e Daniel Carvalho (MDB).
Os problemas entre a Águas de Teresina e a Prefeitura começaram com a controversa cobrança da taxa de esgoto, que era equivalente a 100% do valor da tarifa de consumo de água. Após receber denúncias sobre essa cobrança abusiva e a abertura de valas nas vias públicas para a expansão da rede de esgoto, o prefeito Sílvio Mendes decidiu proibir a empresa de abrir novas valas até que os problemas anteriores fossem resolvidos. Em uma reunião com representantes do Executivo Municipal, a concessionária concordou em reduzir a taxa de esgoto para 80% do valor da tarifa de consumo a partir de março, mas sem efeitos retroativos.