A cidade de Praia Grande, no extremo sul de Santa Catarina, viveu no último sábado (21) a primeira tragédia em sua principal atividade turística: o balonismo. O acidente com um balão de passeio matou oito pessoas e feriu outras durante um voo com 21 ocupantes — 20 turistas e o piloto.
O caso chocou moradores e autoridades locais. Conhecida como a “Capadócia Brasileira”, a cidade realiza em média de 6 a 8 mil voos por ano e é considerada a maior plataforma de voos turísticos em balão da América do Sul. Desde o início da atividade, em 2017, mais de 40 mil voos foram realizados sem registros de mortes, segundo a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.
"Estamos consternados. Esse foi o primeiro acidente e estamos trabalhando para que seja o último", declarou Henrique Maciel, secretário de Cultura e Turismo de Praia Grande. Segundo ele, o balonismo é a principal fonte de renda do município, movimentando cerca de R$ 100 milhões por ano.
Investigações em andamento
A Polícia Civil abriu inquérito para apurar as causas da queda do balão e se houve negligência ou falha técnica. O laudo pericial é aguardado nos próximos dias. O equipamento tinha capacidade para transportar até 27 pessoas ou 2.875 kg.
Com mais de 30 empresas operando na cidade e 70 balões em atividade, o setor deve passar por revisão nas normas de segurança, conforme prometeu o secretário. “Estamos esperando os laudos para tomar decisões técnicas e evitar que essa tragédia se repita”, afirmou.