A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (10) a medida provisória que concede um reajuste de 9% nos salários dos militares das Forças Armadas. A proposta, que trata dos chamados “soldos” – salários-base pagos a integrantes do Exército, Marinha e Aeronáutica, além de pensionistas –, segue agora para análise do Senado.
Segundo estimativas do governo federal, o impacto financeiro será de aproximadamente R$ 3 bilhões neste ano e chegará a R$ 5,3 bilhões em 2026. O reajuste foi publicado originalmente pelo Executivo no fim de março deste ano e será implementado em duas etapas: 4,5% a partir de abril de 2025 e mais 4,5% a partir de janeiro de 2026.
No plenário da Câmara, a votação ocorreu de forma simbólica, ou seja, sem registro nominal dos votos, já que a matéria teve apoio da maioria das bancadas. Apenas o partido Novo se manifestou contrariamente, argumentando que o aumento eleva as despesas do governo.
A medida provisória (MP), por ter força de lei, já está em vigor desde 1º de abril, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional até o dia 8 de agosto, data em que perderá a validade se não for confirmada.
O relator da proposta na comissão mista, deputado Eduardo Pazuello (PL-RJ), manteve o texto original enviado pelo Executivo, sem alterações. O governo justificou o reajuste informando que a inflação acumulada nos últimos anos causou defasagem nos salários dos militares da ativa, da reserva e pensionistas.
A expectativa é que a análise no Senado ocorra já na próxima semana, antes do início do recesso parlamentar. Ao todo, o reajuste deve beneficiar aproximadamente 740 mil pessoas, segundo estimativas do governo federal.