Decisão: Suspeitos de financiar atos antidemocráticos terão contas bloqueadas

A determinação é do Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF)

O ministro Alexandre de Moraes determinou o bloqueio de 43 contas bancárias pertencentes a pessoas físicas e jurídicas suspeitas de estarem financiando os atos antidemocráticos, que seguem ocupando diversas cidades e que não aceitam o resultado da eleição presidencial.

Foto: Agência Brasil
Atos antidemocráticos

A decisão, embora divulgada apenas hoje (17), está assinada desde sábado (12). Segundo o processo, as pessoas atingidas pela decisão estão envolvidas no bloqueio de estradas e na realização das manifestações em frente a quartéis do Exército, pedindo intervenção militar.

O ministro determinou ainda que a Polícia Federal (PF) colha o depoimento de todos os afetados pela decisão.

Na decisão, Moraes diz que “verifica-se o abuso reiterado do direito de reunião, direcionado, ilícita e criminosamente, para propagar o descumprimento e desrespeito ao resultado do pleito eleitoral para Presidente e vice-presidente da República, cujo resultado foi proclamado pelo Tribunal Superior Eleitoral em 30/10/2022, com consequente rompimento do Estado Democrático de Direito e a instalação de um regime de exceção”.

O ministro afirma que “o deslocamento inautêntico e coordenado de caminhões para Brasília/DF, para ilícita reunião no Quartel General do Exército, com fins de rompimento da ordem constitucional - inclusive com pedidos de intervenção federal”, pode ser enquadrado no crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, previsto no artigo 359-L do Código Penal.

Informações passadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) ao Supremo dão conta de que tais atos antidemocráticos estariam sendo financiados por empresários, com fornecimento de refeições, banheiros, barracas e caminhões, entre outras estruturas de apoio.

A decisão tomada nesta quinta-feira tem o objetivo de “garantir direitos fundamentais e evitar a influência econômica na propagação de ideias e ações antidemocráticas”, escreveu o ministro.

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