Um terremoto de magnitude 6,8 na escala Richter abalou a região de Marrakesh, no norte do Marrocos, na sexta-feira (8), resultando em uma tragédia humana de grandes proporções. Segundo informações do governo, pelo menos 1.037 pessoas perderam a vida e mais de 1.200 ficaram feridas no desastre natural, com mais de 700 em estado grave. As autoridades alertam que esses números ainda podem aumentar, à medida que as equipes de resgate continuam buscando por sobreviventes e alcançando áreas remotas.
O terremoto ocorreu por volta das 19h30 no horário de Brasília e teve uma duração de cerca de 15 segundos. Seu epicentro foi registrado no alto das montanhas do Atlas, localizadas a 70 km ao sul da cidade de Marrakech, onde a maioria das vítimas foi registrada. Esta área também é próxima ao Monte Toubkal, o pico mais alto do Norte da África, e à estação de esqui Oukaimeden.
As províncias mais afetadas pelo terremoto incluem Al Haouz, Ouarzazate, Marrakech, Azilal, Chichaoua e Taroudant. O tremor foi sentido não apenas no Marrocos, mas também em países vizinhos, como Portugal, Espanha e Argélia.
O desastre causou danos significativos, desde aldeias nas montanhas do Atlas até a cidade histórica de Marrakech. Prédios desmoronaram, e muitos marroquinos permaneceram nas ruas, temendo réplicas do terremoto. O desastre também afetou a famosa Mesquita Koutoubia, do século XII, em Marrakech.
Embora a região seja propensa a terremotos devido à sua localização entre as placas africana e euroasiática, este evento sísmico em particular teve um impacto significativo, relembrando tristes memórias de terremotos anteriores na região. Em 2004, um terremoto em Alhucemas, no nordeste do Marrocos, causou a morte de pelo menos 628 pessoas e feriu 926. Em 1980, o terremoto em El Asnam, na Argélia, matou 2.500 pessoas e deixou 300.000 desabrigados.
A comunidade internacional já se mobilizou em resposta ao desastre, com a ONU declarando sua disposição de ajudar o governo marroquino nesse momento crítico. Enquanto as operações de busca e resgate continuam, o país enfrenta um doloroso caminho rumo à recuperação e reconstrução após essa tragédia devastadora.