Policiais denunciam abusos no Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual

Profissionais alegam sofrer perseguição e relatam má distribuição de verbas

Em uma espécie de abaixo assinado encaminhado para as redações,  policiais relatam falta de escala fixa, escalas de viagem sem consulta prévia e má distribuição de verbas no Bpre, alegando verdadeira perseguição do comando sob as ordens do major Fabio. 

Os praças do Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual (BPRE) denunciaram uma série de abusos e perseguições que segundo eles estão ocorrendo dentro do batalhão, incluindo a falta de uma escala fixa de trabalho, escalas de viagem no interior do estado sem consulta prévia e má distribuição de verba proveniente de convênio com o Detran. O Comandante do Policiamento de Trânsito, comentou as denúncias ao Portal AZ e afirmou não haver irregularidades.

Foto: Divulgação

Eles afirmam que essa situação gera perseguição dentro do batalhão, comandado pelo major Fábio da Costa Soares, que os mantém constantemente à disposição, prejudicando seu direito ao descanso e lazer com as famílias. 

Os policiais afirmam ainda que são os únicos na capital que não têm uma escala fixa, sendo necessário aguardar diariamente a divulgação da escala do dia seguinte para saber se serão designados para meio turno ou dois turnos de blitz, o que os deixa vulneráveis a escalas a qualquer momento e possíveis retaliações por reclamações.

Além disso, alegam que são escalados para viagens de blitz no interior do estado sem que haja consulta prévia sobre quem está disposto a participar, ficando sabendo da viagem apenas um dia antes.

Outra questão levantada pelos policiais é a distribuição da verba proveniente de convênio com o Detran, que, segundo eles, não é distribuída de maneira adequada. “Enquanto no BPTRAN, outro batalhão de trânsito da capital, todos os policiais têm escala fixa e recebem a gratificação do convênio, no BPRE apenas alguns privilegiados têm acesso a esse recurso”, relatam. 

O outro lado

O Portal AZ entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública do estado para averiguar as denúncias e obteve posicionamento do Comandante do Policiamento de Trânsito, coronel Ramos, que negou que qualquer perseguição esteja havendo no batalhão. O coronel também solicitou que os policiais abram uma denúncia formal que possa ser apurada pela corregedoria.

Segundo o comandante, há dois tipos de escalas para os policiais do Bpre, e a lei demanda carga-horária diferente de folgas para cada uma delas, sendo obrigatório apenas que o policial cumpra a sua carga designada e receba folgas coerentes com as escalas que cumpriram. Ele explica ainda, que não é possível padronizar as escalas para que sejam fixas, pois a demanda de serviços precisa ser cumprida. "Nós temos 200 policiais, é muito mais fácil o policial se adaptar a escala, do que nós adaptarmos a escala para ele", explica

Sobre as alegadas perseguições, o comandante informa que nenhum denúncia formal foi recebida para ser averiaguada. " O comando está de portas abertas", disse. 

A respeito de suposta verba que estaria sendo destinada apenas para alguns, o coronel Ramos elucidou que o valor não se refere a multas, e que não existe tal gratificação atrelada a aplicação de multas. O dinheiro é oriundo de convênio com o Detran e é distribuído em regime de rodízio entre policiais.

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