A Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou, nesta quinta-feira (6), o balanço da Operação Carnaval 2025, realizada entre os dias 28 de fevereiro e 5 de março. O relatório aponta uma redução no número de óbitos, feridos e sinistros de trânsito em rodovias federais, em comparação ao mesmo período do ano passado.
Durante os seis dias de operação, foram registradas 83 mortes, contra 88 no carnaval de 2024, uma queda de 5,7%. O número de feridos também caiu, passando de 1.552 no ano passado para 1.315 neste ano, representando uma redução de 15,3%. Já os sinistros de trânsito somaram 1.150 em 2025, contra 1.243 em 2024, o que representa uma diminuição de 7,5%.
Álcool e direção continuam preocupando
Mesmo com campanhas de conscientização e o aumento na fiscalização, a combinação de álcool e direção seguiu sendo um problema nas estradas. No período do carnaval, a PRF autuou 2.732 motoristas por dirigirem sob efeito de álcool. Além disso, 128 condutores foram presos por embriaguez ao volante, um aumento de 10,34% em relação a 2024, quando 116 motoristas foram detidos.
Infrações recorrentes
Outras condutas irregulares também foram alvo da fiscalização da PRF. Durante a operação, foram registradas:
6.818 infrações por não uso do cinto de segurança;
1.089 autuações por falta de cadeirinha ou dispositivo de retenção para crianças;
7.704 ultrapassagens indevidas;
53.676 veículos flagrados em excesso de velocidade.
Mudança de comportamento é essencial
O diretor-geral da PRF, Fernando Oliveira, destacou que cerca de 3 mil policiais rodoviários federais atuaram diariamente durante o período de carnaval. Um estudo prévio identificou cerca de 150 trechos com maior incidência de acidentes em todo o país, onde houve reforço na fiscalização.
“Dentro desses pontos, fizemos o que chamamos de ‘mobiliar o trecho’, aumentando o número de policiais para coibir infrações”, explicou Oliveira.
O diretor enfatizou, no entanto, que a presença policial sozinha não resolve o problema e defendeu a responsabilidade compartilhada no trânsito.
“Enquanto não houver uma real mudança de comportamento dos condutores, a letalidade no trânsito não sofrerá uma transformação significativa”, concluiu.