Vereador do PL é acusado de estuprar mãe e filha de 8 anos

Thiago Bitencourt, que está preso desde sábado (31), utilizava sua profissão para se aproximar das vítimas

A Polícia Civil de Mato Grosso confirmou a identificação de mais duas vítimas de Thiago Bitencourt Lanhes Barbosa, vereador e médico em Canarana (MT), detido no último sábado (31). O acusado, que já estava sob investigação por agressão a vulnerável e armazenamento de material de exploração sexual infantil, agora enfrenta novas denúncias envolvendo uma mulher de 29 anos e sua filha de 8 anos.

Foto: Reprodução
Thiago Bitencourt Lanhes Barbosa, vereador e médico em Canarana (MT)

Conforme as investigações, Barbosa exercia um forte controle emocional sobre a mãe, gravando conteúdos íntimos sem consentimento e coagindo-a a ceder às suas exigências. A situação se agravou com o interesse do médico na criança, da qual se aproveitava para cometer abusos. Mesmo após o término do relacionamento, a vítima relatou ter sido forçada a manter relações sexuais no consultório do médico, no PSF Mutirão, sob uso de violência física.

Diante da gravidade das denúncias, o vereador foi afastado do cargo e permanece preso por decisão judicial. O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) já abriu uma sindicância para apurar a conduta ética do profissional, aguardando a conclusão das investigações para definir as próximas medidas.

A Câmara Municipal de Canarana também se manifestou, informando o afastamento imediato de Barbosa das atividades legislativas e repudiando publicamente os crimes atribuídos a ele. A Casa aguarda o desfecho do caso para determinar os próximos passos. A defesa do investigado não foi localizada para comentar as acusações.

O delegado Flávio Leonardo, responsável pelo caso, ressaltou o modus operandi do suspeito, que utilizava sua profissão para se aproximar de vítimas em situação de vulnerabilidade.

As investigações ganharam um novo impulso na última segunda-feira (2), quando a polícia apreendeu roupas infantis e brinquedos sexuais na residência do médico. Barbosa, que mora sozinho e não tem filhos, teve esses itens coletados como evidências, podendo estar relacionados a fantasias criminosas. Um procedimento específico foi instaurado para aprofundar as apurações, buscando identificar outras possíveis vítimas e determinar a extensão total dos crimes.

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