A Polícia Civil do Piauí, por meio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), concluiu que o assassinato do empresário Edmilson da Costa Taveira, conhecido como “Ed Peças”, foi um caso de latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte. A confirmação foi feita nesta terça-feira (17) após a apreensão de um adolescente suspeito de ter efetuado o disparo fatal.
O crime ocorreu no último 5 de junho, em frente à loja de motopeças da vítima, situada na Avenida Conselheiro Alcides Nunes, no bairro Promorar, zona Sul de Teresina. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que dois suspeitos chegaram de moto, e o garupa, armado, efetuou os disparos à queima-roupa contra o empresário, que morreu ainda no local.
Adolescente confessou o crime
O menor de idade, suspeito de ser o autor dos disparos, se apresentou espontaneamente à Delegacia de Segurança e Proteção ao Menor (DSPM) e confessou a participação no crime. De acordo com o delegado Danúbio Dias, responsável pela investigação, o adolescente alegou que pretendia apenas “dar um susto” na vítima. Contudo, a polícia descartou essa versão após reunir evidências de que a ação tinha caráter de roubo, configurando o latrocínio.
Além disso, as investigações apontaram que o adolescente já havia participado de outros crimes na região. Ele agia em parceria com Edivan da Silva Rosa, morto em 30 de maio, ao tentar assaltar um policial civil aposentado.
Histórico de crimes e vínculo com o caso
A dupla foi identificada em ações anteriores de assalto nos bairros Parque Piauí e Promorar, utilizando a mesma motocicleta usada no crime contra Ed Peças. A polícia também apurou que, em abril deste ano, uma operação do Departamento de Roubo e Furto de Veículos (DRFV) havia apreendido três motocicletas roubadas em uma residência ligada a Edivan. Partes de uma dessas motos foram utilizadas na montagem do veículo usado no latrocínio, o que reforçou o vínculo entre os crimes.
Suspeito segue foragido
Com base nas provas coletadas, o DHPP finalizou o inquérito policial, confirmando o crime como latrocínio. O segundo suspeito, responsável por pilotar a moto no dia da execução, ainda não foi identificado e segue sendo procurado pelas autoridades.