O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) vai realizar a eleição para a presidência do banco no próximo dia 20. A informação foi confirmada através de uma nota. Ainda ontem, Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e integrante da transição do governo Lula, afirmou que havia pedido o adiamento da eleição.
Mantega argumentou que é de interesse do governo eleito retirar a candidatura de Ilan Goldfajn, ex-presidente do Banco Central, que foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro como representante do Brasil na eleição no BID.
Mantega disse que Goldfajn não é um "mau candidato", mas ressaltou que a indicação não foi negociada com demais países que fazem parte do BID, o que reduz as chances de o indicado brasileiro ganhar. O ex-ministro ressaltou que o governo eleito gostaria de um candidato competitivo.
Pouco depois da manifestação de Mantega, o BID se posicionou para ratificar a data da eleição.
"O Banco Interamericano de Desenvolvimento agradece seu interesse na eleição para a nossa Presidência e informa que o regulamento não prevê adiamento do processo. Além disso, reiteramos que qualquer questão relativa à eleição deverá ser abordada pela Assembleia de Governadores do Banco", afirmou a instituição.
O presidente é eleito por um período de cinco anos, podendo ser reeleito apenas uma vez. O BID é uma das principais fontes de financiamento de longo prazo para o desenvolvimento econômico, social e institucional de países da América Latina e do Caribe.