O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, convidou na última semana o deputado eleito Luiz Marinho (PT/SP) para ocupar o cargo de ministro do Trabalho em seu próximo governo.
Aliados de Marinho confirmaram que ele aceitou o convit e o anúncio oficial da indicação deve acontecer na semana que vem.
Luiz Marinho é presidente do Partido dos Trabalhadores em São Paulo e coordenou a campanha de Fernando Haddad para o governo do Estado.
O presidente eleito consultou a ala sindicalista para decidir e teve ampla aceitação dentro do grupo técnico do Trabalho, na equipe de transição. O entendimento da ala sindicalista é de que Marinho, ex-líder sindical, é um nome de confiança para tocar as discussões sobre a revisão de pontos da reforma trabalhista a partir de 2023.
A pasta da Previdência Social será desmembrada do Ministério do Trabalho e ainda não há informações sobre quem ocupará o ministério.
A equipe de transição apresentou diversas propostas, entre elas, a retirada, no Congresso Nacional, do Projeto de Lei que trata da Carteira Verde Amarela, chamada de “Mini Reforma Trabalhista” pela oposição ao atual governo no Congresso Nacional. A equipe também deseja a criação de uma comissão no novo Ministério do Trabalho para discutir a possibilidade de mudanças de algumas regras trabalhistas alteradas pela gestão de Bolsonaro.
Por ser dirigente do diretório paulista do PT, a indicação de Luiz Marinho ainda cumpriria a cota de pastas cobradas pelo partido de Lula, em meio a disputa entre as siglas aliadas por vagas no alto escalão.