Ministério da Agricultura confirma que caso de Vaca Louca no Pará é atípico

De acordo com o órgão, não há motivo para preocupações

O ministério da Agricultura (Mapa) informou que o caso de vaca louca, descoberto no Pará, se trata de ocorrência atípica da doença, sem possibilidade de transmissão. Algumas operações de exportações haviam sido suspensas como medida cautelar até o resultado definitivo e agora devem voltar à normalidade.

Foto: Arquivo/ Agência Brasil

Os procedimentos para informar a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e as autoridades  chinesas já foram iniciados pelo governo brasileiro. Na última semana, o Brasil havia suspendido a exportação de carne bovina à China, maior parceiro comercial do país no setor de carnes. A suspensão seguiu o protocolo sanitário entre os dois países e as vendas serão retomadas.

A modalidade atípica da encefalite espongiforme bovina ocorre em animais idosos, espontaneamente pela natureza, em vez de ser transmitida de forma clássica, pela ingestão de ração contaminada.

“Por se tratar de caso atípico, ou seja, ocorrido por causas naturais em um único animal de 9 anos de idade e com todas as providências sanitárias adotadas prontamente, o Ministério da Agricultura e Pecuária está adotando imediatamente as providências, de acordo com os protocolos sanitários, para que as exportações da carne bovina brasileira sejam restabelecidas o mais breve possível”, afirmou o Mapa, em nota.

Até hoje, o Brasil não registrou casos clássicos de vaca louca, provocados pela ingestão de carnes e pedaços de ossos contaminados. Causado por um príon, molécula de proteína sem código genético, o mal da vaca louca é uma doença degenerativa. As proteínas modificadas consomem o cérebro do animal, tornando-o comparável a uma esponja. Daí sua denominação científica, encefalite espongiforme bovina.

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