O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou novamente nesta segunda-feira (15) sobre o repúdio ao atentado contra o ex-presidente dos Estados Unidos e pré-candidato à presidência, Donald Trump. O incidente ocorreu durante um comício na noite de sábado (13), na Pensilvânia.
Lula, que já havia publicado uma mensagem de repúdio nas redes sociais, reforçou a posição ao ser questionado por jornalistas na sede do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília, onde recebeu o presidente da Itália, Sergio Mattarella.
"Eu acho que a gente não pode ter dúvida de condenar qualquer manifestação antidemocrática em qualquer lugar do mundo. Seja pela direita, seja pela esquerda. Ninguém tem o direito de atirar numa pessoa porque não concorda com ele", afirmou Lula.
Quando questionado sobre o possível impacto do atentado em candidaturas e líderes de extrema-direita, como Trump e o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, Lula foi cauteloso. "Não sei se vai fortalecer alguém, isso empobrece a democracia. Ao invés de a gente ficar analisando se alguém ganha ou perde com isso, temos que ter certeza que a democracia perde. Os valores do diálogo, do argumento, de sentar em uma mesa da forma mais diplomática para encontrar soluções para os problemas […], para onde vai a democracia?”, disse o presidente.
Logo após o atentado nos EUA, no sábado, Lula usou as redes sociais para expressar o repúdio contra a ação. "O atentado contra o ex-presidente Donald Trump deve ser repudiado veementemente por todos os defensores da democracia e do diálogo na política. O que vimos hoje é inaceitável", escreveu em um post no X.
Trump foi atingido na orelha por um disparo, conforme mostrado em imagens onde ele aparece deixando o palco com o rosto ensanguentado. Um espectador do comício morreu, e o autor dos disparos foi morto pelo Serviço Secreto.