Desaprovação de Lula vai a 53% segundo AtlasIntel

A pesquisa indica uma manutenção  de alta há 4 meses

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é reprovado por 53% dos brasileiros ante 45,7% que aprovam o trabalho dele, segundo apurou a pesquisa Latam Pulse, do instituto AtlasIntel em parceria com a Bloomberg, divulgada nesta sexta-feira. 

Este é o quarto mês consecutivo em que a desaprovação do presidente supera sua aprovação. Em janeiro, estes índices eram de 51,4% de aprovação ante 45,9%, de desaprovação – ou seja, no limite do empate estatístico variaram positivamente em 1,6% e 0,2%, respetivamente.

A pesquisa indica uma manutenção de um viés de alta na desaprovação do presidente, que desde novembro contabiliza mais números negativos que positivos na avaliação dos eleitores consultados.

Problemas com a economia, segurança pública e corrupção são os que mais preocupam os brasileiros neste ano que marca o segundo biênio do mandato de quatro anos de Lula, aponta a pesquisa.
A Atlas Intel ouviu 5.710 pessoas entre os dias 24 e 27 de fevereiro, com margem de erro de 1 ponto percentual para mais ou para menos e índice de confiança de 95%.

AVALIAÇÃO 

• O governo de Lula é avaliado como ruim e péssimo por 50,8% dos entrevistados – um aumento de 4,3% em relação a janeiro. Os que consideram a gestão Lula como boa e ótima somam 37,6%, enquanto 11,3% veem como regular e 0,4% não soube opinar.
• O levantamento Atlas Intel buscou saber quais as maiores preocupações dos brasileiros e como avaliam o desempenho do governo nesses setores. A notícia é ruim para Lula, porque mais da metade dos brasileiros veem como péssimo o desempenho do governo nas seguintes áreas: 
• Impostos e carga fiscal: 58%;
• Responsabilidade fiscal e controle de gastos: 57%;
• Segurança pública: 57%;
• Justiça e combate à corrupção: 57%;
• Saúde: 53%;
• Relações internacionais: 52%;
• Políticas sociais e redução da pobreza: 51%;
• Investimentos e obras públicas: 51%.

Há ainda um descrédito quanto à situação econômica do país: 55% dos entrevistados acreditam que está ruim e 47% desses acham que vai piorar. Esse pessimismo pode ser reflexo da alta dos alimentos e outros itens de consumo, inclusive bens duráveis, já que 46,5% dos entrevistados creem que será menos a aquisição desses bens.