Uma recente ação da Polícia Federal revelou um esquema ilegal envolvendo obstrução de Justiça, corrupção e violação do sigilo profissional no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A investigação identificou uma rede clandestina responsável por monitorar e comercializar informações sensíveis controladas pelo tribunal.
A operação da PF visava combater as atividades que prejudicavam as ações policiais após decisões do STJ. Durante a ação, um mandado de prisão preventiva foi cumprido, juntamente com quatro mandados de busca e apreensão no Tocantins. Além disso, medidas cautelares foram determinadas, incluindo afastamento de funções públicas, proibição de contato e saída do país, e recolhimento de passaporte.
Essa ação representa uma nova etapa da Operação Sisamnes, que investiga a venda de sentenças no STJ. Em fases anteriores, a PF já havia realizado prisões e coletado provas relacionadas ao esquema de corrupção. Em dezembro, por exemplo, ocorreu a segunda fase da operação, com prisões no Mato Grosso, relacionadas à lavagem de dinheiro proveniente das decisões judiciais ilegais.
As investigações apontam para um esquema amplo de venda de decisões judiciais que envolve advogados, lobistas, empresários, assessores, chefes de gabinete e magistrados. A PF ressalta a existência de operações suspeitas visando dissimular a origem ilícita do dinheiro utilizado na compra de imóveis e veículos por parte dos investigados.
Em fases anteriores da operação, em novembro, um mandado de prisão preventiva e 23 de busca e apreensão foram cumpridos em Mato Grosso, Pernambuco e no Distrito Federal. O principal alvo foi Anderson de Oliveira Gonçalves, apontado como lobista do esquema. O lobista é suspeito de participar ativamente do comércio ilegal de decisões judiciais no STJ, conforme apontado pela decisão judicial.
Diante dos graves indícios de corrupção e venda de informações sigilosas do STJ, a Polícia Federal segue atuando para desmantelar esses esquemas ilegais, garantindo a justiça e a integridade do sistema judiciário brasileiro.