A deputada federal Érika Hilton (PSOL-SP) expressou sua indignação após a decisão da Justiça do Rio Grande do Sul que concedeu liberdade provisória a um homem acusado de liderar um grupo extremista planejando um atentado durante o show da Lady Gaga em Copacabana, no último sábado (3/5). Hilton criticou a decisão e destacou que esse ato de leniência pode resultar em consequências graves, especialmente considerando que o grupo articulava não apenas um ataque com explosivos, mas também disseminava conteúdos de pedofilia, misoginia e homofobia nas redes sociais.
Em uma postagem no X (antigo Twitter), a parlamentar alertou para o uso das redes sociais como ferramentas de aliciamento de adolescentes e propagação de discursos de ódio. “Novamente, criminosos foram presos por usarem as redes sociais para aliciar adolescentes, incentivar a pedofilia e propagar discurso de ódio”, afirmou. Hilton enfatizou que o grupo tinha como alvo a comunidade LGBTQIA+, crianças e adolescentes, e que a ameaça de um ataque durante o evento poderia ter resultado em uma tragédia.
A operação que resultou nas prisões foi coordenada pelo Ministério da Justiça e pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, que atuaram rapidamente para interceptar os suspeitos antes que o atentado se concretizasse. Apesar da ação eficaz das autoridades, a deputada ressaltou que a situação poderia ter se transformado em uma tragédia, colocando em risco a vida de muitas pessoas durante a grande festa. “Por pouco, a festa gigantesca e histórica de ontem não se tornou uma tragédia”, lamentou Hilton.
Hilton também reiterou a necessidade urgente de responsabilização das Big Techs e o avanço de propostas legislativas que promovam a regulação das redes sociais no Brasil. Ela argumentou que o ambiente virtual não pode continuar sendo um espaço seguro para o incitamento à violência. “Discursos que se transformam em ataques a bomba, a uma morte”, declarou, ressaltando a importância de uma resposta institucional e legislativa eficaz para combater o aumento dessas ameaças e preservar a segurança da sociedade.