O presidente americano, Donald Trump, anunciou a ordem de modernização e reabertura de Alcatraz, a histórica prisão federal localizada em uma pequena ilha da Califórnia, que esteve fechada por seis décadas. Em um post na plataforma Truth Social, Trump afirmou que a prisão será ampliada para abrigar "os criminosos mais cruéis e violentos dos Estados Unidos". A decisão marca um retorno à história da famosa prisão, que foi transformada em uma atração turística após seu fechamento em 1963 devido a altos custos operacionais.
Alcatraz, situada a cerca de 2 km da costa de San Francisco, tinha uma capacidade para apenas 336 prisioneiros e foi lar de figuras notórias como Al Capone. O centro penitenciário ficou famoso não apenas pelos seus prisioneiros, mas também pelas várias tentativas de fuga, incluindo a célebre fuga de 1962, que inspirou o filme "Fuga de Alcatraz", estrelado por Clint Eastwood. O fechamento da prisão foi motivado por custos de operação que eram três vezes maiores do que os de outras prisões federais, principalmente devido ao desafio logístico de fornecer alimentos e suprimentos à ilha.
Trump, que fez da repressão ao crime um dos pilares de seu segundo mandato, expressou sua visão sobre a segurança pública em suas declarações. "Quando éramos uma nação mais séria, não hesitávamos em prender os criminosos mais perigosos", escreveu. Ele também se comprometeu a não tolerar "criminosos em série que espalham sujeira, derramamento de sangue e caos em nossas ruas". Essa abordagem rigorosa, no entanto, gerou críticas, incluindo de figuras políticas como a ex-presidente da Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, que considerou a proposta do presidente "não séria".
A reabertura de Alcatraz como prisão levanta questões sobre os custos necessários para a manutenção e restauração do local, que podem variar entre 3 e 5 milhões de dólares. Além disso, a proposta de Trump é vista com ceticismo, especialmente diante das alegações de violação de direitos humanos em deportações recentes. Especialistas independentes da ONU apontaram que os Estados Unidos negaram "o devido processo" a mais de 200 migrantes venezuelanos e salvadorenhos deportados para El Salvador, o que adiciona uma camada de complexidade ao debate sobre a reabertura da famosa prisão.