Os resultados da pesquisa Genial/Quaest divulgados recentemente revelaram que a desaprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Sudeste é significativamente alta, atingindo 64%, o dobro do percentual de aprovação, que registrou 32%. Este cenário marca um aumento de quatro pontos percentuais na insatisfação desde o último levantamento, enquanto a aprovação caiu cinco pontos, comparado à rodada anterior.
Além disso, os índices de rejeição na região Sudeste superam numericamente os de outras áreas do país, como o Sul, com 62% de desaprovação, e o Centro-Oeste/Norte, com 55%. Já no Nordeste, tradicional reduto do petista, a aprovação foi de 54%, enquanto a desaprovação alcançou 46%, ambos com variações de dois pontos desde a última pesquisa.
No geral, a pesquisa indica um cenário de estabilidade na popularidade do presidente, com a desaprovação se mantendo em 57%, o que representa a maior marca desde o início do governo Lula 3. Contudo, essa estabilidade reflete um declínio gradual na imagem do presidente, que vem sendo observado nas pesquisas há quase um ano.
Um dado interessante da pesquisa é a variação na aprovação de acordo com a faixa salarial dos entrevistados. A parcela que recebe até dois salários mínimos mensais, historicamente mais inclinada a apoiar governos do PT, apresentou uma queda na aprovação, passando de 52% para 50%, e um aumento na desaprovação, subindo de 45% para 49% desde março.
Outro ponto relevante é a percepção dos brasileiros em relação ao atual governo em comparação com o governo anterior de Jair Bolsonaro (PL). Segundo a pesquisa, 44% consideram o governo atual como "pior" que o anterior, enquanto 40% acham "melhor" e 13% veem ambos como "iguais". Na comparação com as gestões anteriores de Lula, a maioria da população (56%) acredita que o desempenho do petista está inferior agora.