Nadador Gabriel Santos é absolvido pela Corte Arbitral do Esporte e poderá disputar seletiva

Velocista do Esporte Clube Pinheiros havia recebido suspensão de um ano pela Fina por teste positivo com anabólico

Por Globo Esporte,

O nadador brasileiro Gabriel Santos, 24, foi absolvido pela Corte Arbitral do Esporte da punição por doping que recebeu em julho do ano passado. Desta forma, ele poderá disputar a seletiva olímpica brasileira para os Jogos Olímpicos de Tóquio, que ocorrerá de 20 a 25 de abril no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro.


Foto: Satiro Sodré/SSPress/CBDA

O velocista, flagrado em exame antidoping fora de competição com o agente anabólico clostebol, que é proibido pela Wada (Agência Mundial Antidoping). O exame foi realizado em 20 de maio em São Paulo a pedido da Fina (Federação Internacional de Natação).

Inicialmente, Gabriel havia recebido uma punição de um ano por um painel de juízes da Fina após audiência realizada na cidade sul-coreana de Gwangju às vésperas das provas de natação no Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos, em julho.

Devido à sanção, Gabriel - que é nadador do Esporte Clube Pinheiros - não pôde disputar o revezamento 4x100m livre em Gwangju. A equipe brasileira terminou em sexto lugar. Depois da decisão da Fina, Gabriel e seu advogado, Bichara Neto, recorreram da decisão na Corte Arbitral do Esporte.


Gabriel Santos está absolvido — Foto: Satiro Sodré / SSPress

O clostebol é um anabólico sintético - a substância foi, por exemplo, o que ocasionou o doping de Maurren Maggi em 2003 (cinco anos depois, ela se sagrou campeã olímpica); Maurren alegou que usou uma pomada cicatrizadora que continha a substância e levou uma suspensão de dois anos após a detecção. Outro nadador com passagem olímpica pela seleção, Henrique Rodrigues também foi pego com clostebol.

A argumentação do nadador foi de que a presença do clostebol em seu organismo se deu por contaminação. Ele teria usado uma toalha que tinha traços da substância, devido a um produto para a barba que o irmão dele utilizava.

Gabriel disputou os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, como integrante do revezamento 4x100m livre, que terminou na sexta posição. Desde então, consolidou-se como um dos principais velocistas do país. Venceu em 2017 e 2018 os 100m livre no Troféu Maria Lenk, por exemplo - na edição de 2018, cravou a melhor marca de sua carreira, com 47s98.

Graças às inúmeras vitórias em território nacional, tornou-se figura cativa na seleção brasileira. No Mundial de Esportes Aquáticos de 2017, em Budapeste (Hungria), conquistou uma histórica medalha de prata no revezamento 4x100m livre. Na temporada passada, também no revezamento, faturou a medalha de ouro no Pan-Pacífico de Tóquio, com uma marca que deu ao Brasil a primeira posição do ranking mundial da prova em 2018.

Comente

Pequisar