Motoristas e cobradores de ônibus declaram greve por tempo indeterminado em Teresina

Segundo a Strans, a reivindicação foi recebida com surpresa pelo órgão

Por Vitória Pilar,

Os motoristas e cobradores de ônibus declararam greve a partir desta terça-feira (13). A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) afirmou que o comunicado foi recebido com surpresa na última sexta-feira (9) e que vai garantir o funcionamento de transportes para atender usuários durante a paralisação da classe. 

Motoristas e cobradores declaram greve em Teresina (Foto: Wilson Nanaia/Portal AZ)

De acordo com a Strans, o sindicato informou sobre o movimento no final do expediente da última sexta-feira (9) sem explicar a razão da paralisação. De acordo com a lei, o comunicado deveria ter sido feito com 72 horas úteis de antecedência. 

“Recebemos essa decisão com surpresa. Lamentamos a situação e vamos acionar o Ministério Público do Trabalho porque o sindicato não nos apresentou nenhuma pauta de reivindicações”, ressaltou o gestor da Strans, Weldon Bandeira.

A Strans informou que deve aumentar a frota de veículos alternativos enquanto durar a greve, novos veículos serão cadastrados a partir desta terça-feira (13). O usuário que necessitar do transporte alternativo poderá fazer o pagamento da passagem com vale transporte ou em dinheiro no valor de R$ 4,00. Não será aceita meia passagem.

Sintetro alega insalubridade 

Ao Portal AZ, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro), Ajuri Dias, informou que a greve é em decorrência da falta de salubridade da classe nos últimos dois meses.

Ajuri Dias, presidente do Sintetro (Foto:divulgação)

"Está com mais de dois meses que não recebemos os 30% determinado por Medida Provisória do pagamento dos trabalhadores, nem plano de saúde, nem ticket alimentação. Estamos abandonados nos sinais de linha, sem estrutura para realizar nossas necessidades. Não recebemos Equipamentos de Proteção Individuais (EPIS) e nenhum protocolo de segurança. São nossos direitos garantidos e vamos lutar por eles", informou o presidente do Sintetro.

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