BC eleva Selic para 11,25% em decisão unânime
Decisão unânime do BC acelera alta dos juros para 11,25%
O Banco Central (BC), por meio do Comitê de Política Monetária (Copom), decidiu elevar a taxa básica de juros para 11,25% ao ano, em uma decisão unânime. Essa elevação de 0,5 ponto percentual em relação à última reunião reflete a intensificação do aperto da política monetária, em resposta às projeções de inflação para este ano e para 2025, que têm se mostrado desfavoráveis.
Desdobramento da decisão
No encontro anterior, em setembro, o Copom já havia aumentado a Selic em 0,25 ponto, saindo de 10,75% para 10,75% ao ano. Esta é a segunda elevação após um período de redução das taxas, encerrado em maio deste ano, quando a Selic estava em 10,5% ao ano.
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Apesar de manter a taxa no mesmo nível de fevereiro, a perspectiva é de novos aumentos. Analistas financeiros esperam que o Copom mantenha a trajetória de alta na última reunião de 2024, prevista para ocorrer entre 10 e 11 de dezembro, com projeção de elevar a Selic para 11,75% ao ano.
Cenário econômico
A conjuntura econômica nacional e internacional tem contribuído para a piora das expectativas inflacionárias. Fatores como as eleições nos Estados Unidos, as tensões no Oriente Médio e as incertezas sobre a política fiscal no Brasil têm impactado negativamente as previsões de inflação.
O aumento da desconfiança dos investidores em relação às medidas fiscais do governo brasileiro tem sido um dos pontos-chave nesse cenário. A alta do dólar, que atingiu o maior valor em mais de quatro anos, e a falta de definição sobre um pacote de ajustes fiscais têm gerado preocupações no mercado.
Diante desse contexto, as projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ultrapassaram o teto da meta estabelecida pelo BC, chegando a 4,59% no último Boletim Focus. Para o próximo ano, a expectativa de inflação também subiu, alcançando 4,03%.
O objetivo do Banco Central é manter a inflação no centro da meta de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. A instituição continuará monitorando atentamente o cenário econômico, ajustando a taxa de juros conforme necessário para garantir a estabilidade dos preços e o controle da inflação.
Fonte: Divulgação