MPF investiga risco de tiros do Exército em residencial na cidade de Picos
Em linha reta, a instalação militar está a somente 100 metros do residencial
O site da revista Veja informa nesta sexta-feira que o Ministério Público Federal está investigando disparos feitos a partir de um estande de tiros do Exército em Picos, a 310 km de Teresina. Os tiros teriam atingido residências vizinhas.
Segundo a revista, que trata o caso como “bizarro”, o MPF considerou que os disparos podem ter “causando risco iminente à vida da população”. O MPF cita que um laudo da perícia da Polícia Federal atestou o risco gerado pela unidade do Exército aos vizinhos. Por isso, a instituição deu prazo de 15 dias para os militares responderem se vão mudar o estande para outro local mais seguro.
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As queixas de moradores contra tiros vêm de longe. Em março do ano passado, residentes no loteamento Vila Serrana, no bairro Parque Industrial em Picos, denunciaram que foram encontradas no local capsulas de projéteis disparados a partir do estande de tiros do 3º Batalhão de Engenharia e Construção (2º BEC, Picos).
Em linha reta, a instalação militar está a somente 100 metros do residencial – construído muito tempo depois do quartel do 3º Batalhão de Engenharia e Construção de Picos, “Batalhão Visconde da Parnaíba”, que segundo informa em seu site concluiu em agosto de 2020 a primeira etapa de readequação do estande de tiro, o que atenderia a “normas vigentes”.
O BEC diz que essa readequação previa a construção de três barreiras em concreto armado, recuperação da linha de tiro, construção do muro lateral em concreto, e proteção do talude frontal com pneus.
As obras previam ainda construção, fixação e nivelamento de 15 pórticos de 8 oito toneladas cada.
Informou o BEC que a obra ampliaria a capacidade do estande, permitindo a execução de até 12 linhas de tiro simultâneas, assim como melhorará as condições de execução das atividades de instrução e segurança do pessoal. “Aliado a isso, a utilização de pneus contribuirá para a redução da poluição ambiental e dos custos com matéria-prima”, diz o site da corporação militar.
Fonte: Com informações da Veja