TCU pede suspensão de salários de Bolsonaro e militares indiciados pela PF
Pedido inclui bloqueio de bens no valor de R$ 56 milhões por tentativa de golpe de Estado
O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, solicitou a suspensão do salário do ex-presidente Jair Bolsonaro, capitão reformado do Exército, que recebe R$ 12,3 mil mensais. O pedido foi apresentado na sexta-feira (10), em uma representação que também cita outros 24 militares indiciados pela Polícia Federal (PF) por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado.
Entre os indiciados estão os generais da reserva Augusto Heleno (R$ 36,5 mil de salário) e Braga Netto (R$ 35,2 mil), além do tenente-coronel Mauro Cid, que recebe R$ 27 mil. De acordo com Furtado, os salários somam um custo anual de R$ 8,8 milhões aos cofres públicos. “A continuidade do pagamento da remuneração a esses indivíduos significa que o Estado está despendendo recursos públicos com agentes que tramaram a destruição desse próprio Estado”, justificou o subprocurador.
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Além da suspensão dos salários, Furtado pediu o bloqueio de bens dos 37 indiciados pela PF, no valor de R$ 56 milhões, correspondente ao prejuízo calculado com os atos de destruição do patrimônio público em 8 de janeiro de 2023. Ele também solicitou o compartilhamento do inquérito, atualmente sob segredo de justiça, com o TCU.
Até o momento, o TCU não iniciou o processo de análise para a suspensão dos pagamentos. Segundo o subprocurador, “há um evidente desdobramento causal entre a trama golpista e os prejuízos aos cofres públicos”, reforçando a necessidade de medidas cautelares.
Fonte: Com informações da Agência Brasil