Drones subaquáticos serão usados nas buscas por vítimas da queda de ponte
Até o momento, quatro pessoas foram encontradas mortas e 13 permanecem desaparecidas
A Polícia Federal anunciou que usará drones subaquáticos nas operações de busca por vítimas e veículos submersos após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226, que conecta o Maranhão ao Tocantins. O incidente, ocorrido no último domingo (22), deixou ao menos quatro mortos e 13 pessoas desaparecidas, incluindo duas crianças.
O Núcleo de Polícia Marítima da Polícia Federal será responsável pelo trabalho com os drones, que visam localizar veículos e corpos no fundo do rio Tocantins. Paralelamente, peritos do Instituto Nacional de Criminalística, incluindo engenheiros civis e especialistas em meio ambiente, produzirão três laudos técnicos para investigar as causas do desabamento.
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A estrutura que cedeu possui um vão central de mais de 530 metros e estava sob contrato de manutenção até julho de 2026, segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Apesar disso, o órgão relatou dificuldade em contratar uma empresa para realizar as obras necessárias. Uma sindicância foi instaurada pelo DNIT para apurar responsabilidades pelo colapso da ponte.
Além das vítimas humanas, o desastre trouxe preocupações ambientais significativas. Três caminhões transportando 22 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico caíram no rio. O ácido sulfúrico, amplamente utilizado na indústria, é um químico corrosivo que pode causar graves danos ambientais e à saúde pública.
Diante do risco de contaminação, o Ministério Público Federal (MPF) no Pará abriu um inquérito civil para avaliar os impactos socioambientais e de saúde pública decorrentes do acidente. O rio Tocantins, que cruza os estados de Goiás, Pará, Tocantins e Maranhão, pode ser afetado em larga escala.
Por fim, o governo federal anunciou um decreto para destinar R$ 100 milhões à reconstrução da ponte, reafirmando a importância da estrutura para a logística e a economia da região. As investigações seguem para esclarecer as causas e as responsabilidades pelo desabamento.
Fonte: Com informações do Estadão