Pedreiro é preso por engano no Ceará após erro de digitação da Justiça do Piauí

O equívoco ocorreu devido a um erro de digitação no mandado de prisão, emitido pela Justiça do Piauí

Por Renato Ricarte, 20/03/2024 07:20 - Atualizado às 07:29

Weverton Fernandes da Silva, um pedreiro residente no Ceará, foi submetido a três dias de detenção na cidade de Missão Velha, após ser acusado injustamente de um crime de estupro que não cometeu. O equívoco ocorreu devido a um erro de digitação no mandado de prisão, emitido pela Justiça do Piauí. O verdadeiro responsável pelo crime é identificado como Weverton da Silva Fernandes.

Foto: SVM

Pedreiro cearense Weverton Fernandes

O engano surgiu devido à semelhança nos nomes, com uma variação na sequência dos sobrenomes, o que levou à confusão no momento da expedição do mandado.

"Tinha acabado de chegar do hospital, fui ficar com meu avô que tinha tido AVC (Acidente Vascular Cerebral). Estava almoçando quando chegou uma viatura. Fui de boa e quando cheguei lá tinha um mandado de prisão do Piauí. Não sei nem onde é que fica. E uma acusação grave de estupro como essa... Sou pai de família.", relatou a vítima à TV Verdes Mares.

Weverton foi conduzido à delegacia de Missão Velha, no Cariri cearense, em 8 de março, permanecendo sob custódia da sexta-feira até a segunda-feira seguinte. O advogado do caso, Wellinton Ribeiro Araruna, destacou: "Quando fui analisar o processo, era de 2015, e o Weverton nasceu em 1996. Ou seja, naquela época ele só tinha 17 anos. Isso intrigou muito a gente na defesa, e repassamos para o delegado."

O advogado foi contatado pela mãe de Weverton, suspeitando das informações contidas no mandado. Comprovadas as inconsistências, o erro foi corrigido perante a Justiça Cearense. Apesar de ter sido libertado após três dias de detenção, Weverton ainda enfrenta os traumas e o constrangimento provocados pelo equívoco.

Foto: SVM

Mãe do Weverton Fernandes procurou ajuda de um advogado

Enquanto se recupera do susto, Weverton busca retomar seus planos para o futuro. Sua família, por sua vez, permanece abalada: "Fiquei muito abalada. Na época do crime meu filho tinha 17 anos e ainda estudava. Eu levava e trazia ele para a escola porque eu trabalhava lá também. Ele é um menino honesto e trabalhador.", desabafou Francisca Fernandes, mãe do pedreiro.

Fonte: Portal AZ